Esportes
Com lesão no joelho, Adriana é cortada da seleção feminina; Pia chama Angelina
A meia Angelina, do OL Reign, está convocada pela técnica sueca Pia Sundhage para defender a seleção brasileira feminina nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. A atleta foi chamada para a vaga de Adriana, do Corinthians, desconvocada após sofrer uma lesão do menisco medial do joelho esquerdo.
Durante o treino da última quinta-feira, a meia Adriana sofreu um entorse no joelho esquerdo. Examinada clinicamente suspeitou-se de lesão do menisco. Na sexta, a atleta foi submetida a exame de ressonância magnética que confirmou a lesão que impossibilitaria a continuidade da jogadora na preparação para os Jogos Olímpicos.
Com a convocação, Angelina terá a sua segunda oportunidade na seleção feminina. Ao longo da carreira, a meia teve grande passagem pela seleções sub-20 e sub-17 e foi uma das capitãs de sua geração no Mundial e Sul-Americano. Ela se junta à delegação em Portland, nos Estados Unidos, já nesta segunda-feira.
Quem já está no grupo e realiza o sonho de muitas jogadoras é Júlia Bianchi. Nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, a meia assistia suas referências em campo e agora está junto delas. A atleta relembrou seus últimos anos dentro das quatro linhas e como sua trajetória contribuiu para alcançar os atuais objetivos.
“Se para mim já foi muito especial de acompanhar com a torcida, imagina para as meninas que estavam vivenciando isso. Eu fiquei muito feliz com a convocação e acredito que é fruto desses seis jogos que tive com a Pia. A Júlia de 2016 para hoje teve uma passagem na Europa, em 2017, e acredito que, principalmente, em questões táticas, melhorou bastante. Me tornei uma jogadora que cumpre mais o seu papel tático do que uma que joga por si ou corre. Então, acredito que evolui na questão tática e também na técnica e física,” comentou.
Destaque do Brasileiro Feminino de 2020, Júlia Bianchi recebeu a primeira oportunidade na seleção em novembro, nos jogos preparatórios diante do Equador. Segundo a catarinense de Xanxerê, a sua evolução do futebol feminino no Brasil aliada ao maior comprometimento da comissão técnica das observações in loco foram cruciais para que ela cravasse uma chance na seleção.
“Eu acredito que a gente tem sempre algo a aprender e a evoluir. Então, no decorrer dos anos eu tive contato com vários profissionais como o Jorge (Barcellos) e com vários atletas que me ajudaram nesse processo. Se eu estou aqui hoje foi por muito trabalho duro e acho que somente internamente a gente trabalha e quanto se dedica. Estar aqui hoje eu sinto que valeu a pena todo o esforço. Acho que foi um somatório de todos esses fatores e da visibilidade do futebol feminino do quão grande ele é e está evoluindo”, declarou.
A delegação feminina está concentrada no centro de treinamentos da Nike, em Portland, como primeira parada preparatória antes de partir rumo a Tóquio. Júlia avalia positivamente os primeiros trabalhos em campo e declara que a seleção brasileira está bem focada na estreia na Olimpíada.
“Para mim tem sido uma experiência incrível. Todo atleta quer poder vestir a camisa da seleção, participar de uma Copa do Mundo e Olimpíada, e hoje estou podendo fazer isso ao lado de jogadoras que são exemplo e espelhos. Então, pra mim tem sido muito especial estar com elas e outras mais novas como a Andressinha e a Lelê… Tem sido uma troca de experiência muito boa e positiva,” disse.
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