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Em estreia na Copa América, Paraguai vira sobre a Bolívia com 2 gols de Romero

14/06/2021

O Paraguai foi premiado pela insistência e estreou com vitória na Copa América ao derrotar de virada a Bolívia por 3 a 1 na noite desta segunda-feira. Em Goiânia, os paraguaios viram os bolivianos abrirem o placar, mas encurralaram o rival, especialmente depois que ficaram com um jogador a mais após a expulsão de Cuellar, intensificaram a pressão e conseguiram a virada. Romero, ex-atacante do Corinthians, foi o protagonista do duelo, ao balançar as redes duas vezes.

A seleção paraguaia é a única que venceu no Grupo A e, por isso, lidera a chave com três pontos. Chile e Argentina têm um, e a Bolívia segue sem pontuar, bem como o Uruguai, que, porém, folgou na primeira rodada.

A Bolívia tentará a primeira vitória no torneio na próxima sexta-feira, diante do Chile na Arena Pantanal. O Paraguai descansa na segunda rodada da fase inicial da controversa competição disputada no Brasil.

É possível sintetizar o duelo em Goiânia com o termo “ataque contra defesa”. Basicamente, foi isso que se viu em campo nesta segunda-feira, exceto até os dez primeiros minutos. Foi antes desse período que a seleção boliviana descolou um pênalti depois que Arzamendia ingenuamente colocou a mão na bola dentro da área. O árbitro marcou a penalidade com o auxílio do VAR. Na cobrança, Saavedra bateu no canto direito de Antony Silva e abriu o placar.

A partir daí, o Paraguai se mandou ao ataque e fez uma pressão que se revelaria insuportável aos bolivianos mais tarde. O time treinado pelo argentino Eduardo Berizzo tentou de tudo. Chute de longe com o ex-corinthiano Romero, arremate da entrada da área com Almirón e cabeceio de Ávalos. Todos Sem sucesso.

Os paraguaios até tiveram um pênalti a seu favor depois que Cordano derrubou Ávalos na área. Mas a marcação foi cancelada e a arbitragem assinalou impedimento novamente com a ajuda do árbitro de vídeo.

A missão paraguaia de virar o jogo foi facilitada a partir da expulsão de Cuellar. Nevoso e um pouco ingênuo, o jovem atacante recebeu o segundo amarelo por falta dura em Piris da Motta aos 53 minutos da primeira etapa.

O cenário já era de um time todo no ataque e o outro inteiramente na defesa com igualdade numérica. Com 11 paraguaios diante de dez bolivianos, a pressão da equipe que estava em desvantagem no placar foi ainda maior. Berizzo tirou volantes e colocou meias e atacantes em campo.

Depois de tanto insistir e acertar uma bola na trave, o Paraguai chegou finalmente ao gol de empate aos 16 minutos. Ele saiu dos pés de Gamarra, que aproveitou a sobra na entrada da área e foi muito feliz ao acertar um belo chute de primeira, no canto direito.

Animada, a seleção paraguaia seguiu no ataque e fez o segundo, o da virada, três minutos depois. Romero cruzou para González, que parou na defesa de Cordano. Mas o goleiro espalmou mal, e deixou a bola limpa para Ángel Romero completar para as redes.

Nome da partida, o ex-atacante do Corinthians reapareceu aos 35 para anotar o terceiro gol e sacramentar o triunfo de sua seleção na estreia da Copa América. No lance, Romero bateu cruzado na saída de Cordano. Com o placar definido, foi só trocar passes com tranquilidade diante do frágil rival para fazer o tempo passar.

FICHA TÉCNICA

PARAGUAI 3 X 1 BOLÍVIA

PARAGUAI – Antony Silva; Alberto Espínola, Gustavo Gómez, Júnior Alonso e Arzamendia (Héctor Martínez); Piris da Motta (Carlos González), Villasanti (Richard Sánchez) e Gamarra (Cubas); Almirón, Ávalos (Enciso) e Ángel Romero. Técnico: Eduardo Berizzo.

BOLÍVIA – Cordano; Diego Bejarano (Villarroel), Quinteros, Jusino e Flores (Roberto Fernández); Leonel Justiniano (Junior Sánchez), Boris Céspedes, Saavedra (Wayar) e José Sagredo; Gilbert Álvarez (Rodrigo Ramallo) e Cuellar. Técnico: César Farias.

GOLS – Saavedra (pênalti), aos nove minutos do primeiro tempo. Gamarra, aos 16, Romero, aos 19 e aos 35 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Diego Mirko Haro (Peru)

CARTÕES AMARELOS – Arzamendia, Diego Bejarano, Flores, Cuellar, Alberto Espínola

CARTÃO VERMELHO – Cuellar

LOCAL – Estádio Olímpico, em Goiânia (GO).

Autor: Ricardo Magatti
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