Sem citar fontes, em tom alarmista e com erros de português, a mensagem se aproveita de fatos recentes para distorcer e inventar situações. “Urgente! Presidente da Colômbia determina matar qualquer um nas ruas. Exército Colombiano está atirando nas pessoas nas ruas, matando todos que veem pela frente. Exército colombiano acaba de fuzilar um vilarejo inteiro em Medellín a mando da Suprema Corte em conjunto com o presidente. Motivo é os protestos contra lockdown. Relatos de 15 mil manifestantes mortos já pelo exército colombiano (sic)”, diz parte da mensagem.
Apesar da Colômbia enfrentar um momento delicado, a mensagem é falsa. As manifestações acontecem há 20 dias contra o governo Iván Duque, mas o motivo não tem relação com as medidas de isolamento contra a Covid-19. O boato já foi desmentido pelo site Boatos.org.
Os protestos acontecem contra um projeto de Reforma Tributária do governo, que foi colocado como pauta de votação no Congresso da Colômbia. A proposta era aumentar os impostos sobre a renda e produtos básicos. O presidente voltou atrás, mas mesmo assim as manifestações aconteceram em resposta às mortes provocadas durante os confrontos com a polícia. O Comitê Nacional de Desemprego informou que pelo menos 50 pessoas morreram e 578 ficaram feridas e o Ministério da Defesa registrou a morte de um policial.
Não foram encontradas informações sobre ações do Exército Colombiano contra comerciantes, nem sobre um possível ataque do governo do país contra um hotel, como cita a mensagem falsa compartilhada nas redes sociais. Outra informação que não procede é que o presidente Iván Duque seria de “esquerda”, “comunista” e “socialista”, como afirma o boato. Uma matéria do El País aponta que o colombiano é um político de direita.
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