Alagoas
Museu Théo Brandão recebe a Turma do Guerreirinho, criada pelo Tatipirun Atelier da Ufal
Imagine personagens infantis que exaltam a cultura popular, os folguedos, os mestres, a literatura local, entre outras manifestações que representam Alagoas. Com essa ideia, em 2014, o Tatipirun Atelier de Educação Patrimonial, do grupo de pesquisa Representações do Lugar (Relu), que faz parte da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Ufal, criou a Turma do Guerreirinho, composta por personagens alegres e multicoloridos, cujo objetivo é promover ações de educação voltadas ao público infantil. Agora, esses personagens fazem parte do projeto Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore: a casa da Turma do Guerreirinho, numa parceria entre o Relu e o Museu.
O diretor do Museu Théo Brandão, Victor Sarmento, explica que a chegada da turma ao Museu contribuirá com o setor Educativo e de Comunicação, especialmente no que diz respeito ao público infantil. “Será uma forma de levar as informações de um modo mais eficaz e transmitir conhecimentos. Serão as
São 24 personagens representativos da cultura alagoana. Entre eles, estão Guerreirinho, Diana, Théo, Armandinho e Nise. A ideia surgiu quando os pesquisadores perceberam a necessidade de realizar uma produção direcionada ao público infantil. Inicialmente, haviam criado o Portal de Arquitetura Alagoana, com projetos e modelos tridimensionais e desenhos das edificações de Alagoas para serem coloridos, podendo baixar os arquivos gratuitamente.
Esse trabalho de educação patrimonial foi ampliado com a Turma do Guerreirinho. “Concluímos que para nos direcionarmos para o público infantil, precisaríamos de mascotes, ou seja, personagens que falassem diretamente com as crianças e, então, foram criados, em princípio, apenas três personagens: o Guerreirinho, a Dandara e a Diana. Daí em diante, passei a me dedicar à criação de material para educação patrimonial e a pesquisar cada vez mais sobre a linguagem e a estética, muito influenciada pela minha própria experiência com meus filhos e por não encontrar material disponível para comprar”, contou Adriana Capretz, arquiteta, professora da Ufal e coordenadora do Tatipirun Atelier.
A professora explica que o projeto começou a ter um público maior na Bienal Internacional do Livro de 2019, quando, durante nove dias, aconteceram oficinas de artes para crianças. “O sucesso foi imenso. Recebemos centenas de crianças e adolescentes acompanhados de professores, pais e mães, utilizando e pedindo mais materiais. Foram livros para colorir, jogo da memória, caligrafia criativa, oficina de chapéus de guerreiro e bonecos de papel”, lembrou.
Nessa época da Bienal, os personagens da Turma do Guerreirinho foram ampliados. “Criamos materiais para aquela ocasião e outros que já havíamos feito para o Portal, mas que foram redesenhados pelos ilustradores do Relu para ficarem com a linguagem mais adequada ao público infantojuvenil. Nossa proposta só foi possível graças ao engajamento e a participação direta de todos os bolsistas e colaboradores do Relu e dos alunos da disciplina de Atividades Curriculares de Extensão, do curso de Design Ufal”, disse Capretz.
Disponível na internet
A pandemia foi produtiva para o grupo, que criou outros personagens e disponibilizou a Turma do Guerreirinho no Instagram (@relu.ufal e @tatipirun.relu)
O projeto já tem uma parceria com o Arquivo Público de Alagoas (APA). Para tanto, foi criado a mascote “Moacirzinho”, em homenagem ao historiador Moacir Medeiros de Sant´Anna, fundador do Arquivo Público. A professora salienta a importância da parceria com o MTB, especialmente para a formação de gerações futuras. “Todos os equipamentos culturais precisam de muita atenção à educação patrimonial. O público infantojuvenil é o que dará continuidade aos processos de preservação ou que iniciarão outras ações preservacionistas. Tatipirun e Museu Théo Brandão são da Ufal. Um é resultado de produção científica e o outro é equipamento cultural da Universidade, portanto, uma parceria necessária e com promessa de muitos frutos. Os personagens da Turma do Guerreirinho homenageiam o nosso folclore, nossos folguedos e os nossos atores culturais que são os mestres do patrimônio. Então, é natural que a casa da Turma do Guerreirinho seja o MTB, que é dedicado à antropologia e ao folclore”, concluiu a coordenadora.
Assessoria de Comunicação 3214-1052 / 3214-1853 |
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