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Festas de Santana

10/04/2021
Festas de Santana

Se dependesse de minha decisão, termos um governo sem jornais ou jornais sem um governo, não hesitaria um momento em preferir a segunda alternativa – Thomaz Jefferson, presidente dos Estados Unidos da América do Norte. Honra-me colaborar com o diário Tribuna Independente, capitaneada pelo economista José Gabriel, os semanários Tribuna do Sertão – Vladimir Barros e A Notícia, Senna.

          Nesse sentido, semanalmente, teço comentários de obras alagoanas e, por conseguinte, apraz-me dizer, que me sinto prestigiado pela Imprensa Alagoana desde os idos de 1972 (Jornal de Hoje, do saudoso Dr. Jorge Assunção).

          Chega-me às mãos o livro: Festa de Santana, do confrade Djalma de Melo Santana, sócio da vetusta Associação Alagoana de Imprensa (AAI), que, por sua vez, coloca à disposição das letras alagoanas seu 13º livro com segunda edição. Sua obra fora prefaciada pelo saudoso Divaldo Suruagy, que durante toda sua história política não conseguiu amealhar riqueza, com patrimônio modesto.

          “Festas de Santana” é um livro que não deve ser lido apenas por aqueles que tiveram a ventura de nascer à beira do rio Ipanema, mas por todos àqueles que se interessam pela vida em toda sua complexidade e amplitude”. Djalma se assemelha a mim. Nascido na Villa Paulo Jacinto, à época pertencente a Quebrangulo. Logo, sou conterrâneo do mestre Graça, que legou à posteridade: As pessoas que me lerem terão, pois, a bondade de traduzir isto em linguagem literária. Se quiserem, se não quiserem pouco se perde. Não pretendo bancar escritor.

           As temáticas de sua novel obra literária versam sobre pessoas, logradouros, cidadãos de sua terra-mãe. Enfim, casos pitorescos que retratam a cidade do interior na sua essência. A crônica é um gênero que abracei por gostar de informar fatos do cotidiano. Djalma vai mais além: imortaliza seus escritos com a finalidade de abrilhantar as bibliotecas caetés.

           Inseriu fotos não muitas remotas. Por exemplo, uma tirada na redação do extinto Jornal de Alagoas, criado pelo jornalista pernambucano Luiz Magalhães da Silveira em 1908.Vê-se Solange Lages, Aurélio Buarque de Holanda, Dr. José Maria de Melo, ex-presidente da AAL, paraibano Noaldo Dantas, que saiu do torrão de José Américo de Almeida para dirigir o veículo de comunicação.

          Djalma de Melo Carvalho é, por excelência, um escritor que se coaduna com suas origens. Educado, gentil, e, porque não dizer, atencioso com às pessoas de seu convívio. Merece, pois, integrar um sodalício criado pelo jurista Guedes de Miranda em 1919. Felicito-o pela produção literária que outras obras brotem de seu talento de cronista.