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Discursos Protocolares

13/03/2021
Discursos Protocolares

“O Brasil vive respirando, aspirando e transpirando um ar exacerbadamente poluído nos seus vastos campos de atuação, sobretudo na floresta política, onde os caciques parecem se munir de serras e machados bem amolados, a destruir as árvores da moral que ainda nos restam. Das Câmaras de Vereadores à Presidência da República, passando pelo Congresso Nacional, a devastação está à mostra de todos, como se uma endemia da corrupção se alastrasse e atingisse a Nação”.

          Frase inserida na página 180 do livro do ilustre pilarense – Antonio Sapucaia da Silva – jornalista/escritor/magistrado que honrou o Egrégio Tribunal de Justiça das Alagoas na qualidade de desembargador por merecimento. Diga-se, de passagem, conheci-o na velha Uesa à época que meu estimado irmão economista/advogado Cícero Veiga, radicado no vizinho Estado de Sergipe, exercia as funções de Tesoureiro da Cesa – Casa dos Estudantes Secundaristas de Alagoas.

           Enio Lins, representante da geração nova dos jornalistas, ao prefaciar a obra assim se expressou: Neste cenário, cada obra impressa é mais uma remada contra a maré vazante da perenidade intelectual. E esta publicação, nas páginas seguintes, tal qual madeira de Lei (com maiúscula), resgata discursos que fazem parte da história alagoanaq3 da segunda metade do século XX e deste alvorecer da centúria de Aquário.

          Dir-se-ia que à memória de Antonio Sapucaia jamais será esquecida. Um menino pobre que aportou na bela capital de Maceió que, por sua vez, fez sucesso no jornalismo (Gazeta de Alagoas), nas comarcas por onde passou, e, principalmente, na esfera superior do TJ/AL, por conseguinte, deixou marcas indeléveis que a poeira do tempo não conseguirá apagar.

          Por essas e outras razões, empresta seu nome ao Fórum Dr. Antonio Sapucai da Silva, membro do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, da Academia Alagoana de Letras, e de outros sodalícios que fazem a cultura da Terra dos Caetés. Ademais, como repórter do semanário Gazeta de Alagoas marcou uma época sob a chancela do saudoso Rodrigues de Gouveia. Enfim, um homem público probo que mereceu a consideração da sociedade alagoana como um todo.