Alagoas
Deputada Cibele Moura chama de hipocrisia impedir festas de fim de ano e indaga: “Vai ter auxílio emergencial no Estado?”

A deputada estadual Cibele Moura (PSDB) se pronunciou, nesta quinta-feira (3), durante sessão ordinária na Assembleia Legislativa Estadual (ALE), sobre a possibilidade de proibição de eventos de fim de ano em Alagoas. A parlamentar classificou de hipocrisia qualquer medida neste sentido e questionou se o Estado irá garantir o pagamento de auxílio emergencial para suprir a perda do setor.
“Fico abismada por esse tema voltar à Casa apenas alguns dias após à eleição. Me pergunto o por quê não ter voltado à semana passada ou há 15 dias. É impressionante a dificuldade que a gente teve nessa eleição de falar para a população que de fato ia acontecer. E essa crítica eu não estou fazendo a esse parlamento, longe disso. Os deputados estavam na rua, nós estávamos fazendo campanha porque a nós foi imposta essa missão quando a Justiça liberou”, disse Cibele.
Para a deputada, “não existe outra palavra, a não ser hipocrisia para o que está acontecendo agora. Depois de uma eleição em que todos os candidatos foram para as ruas, a gente viu grandes festas, carreatas com muita gente aglomerando, e agora a gente vai parar e proibir as pessoas de ganhar dinheiro? Na hora de conquistar o voto pode, tudo é permitido, e depois que conquista esse voto não vale mais nada? Isso para mim é incabível”, afirmou.
Cibele lembrou de seu posicionamento contrário à realização de eleições este ano, mas disse que no momento em que o pleito foi definido, ela foi às ruas defender o que acredita, a democracia.
“Por entender e ser antes de tudo uma defensora da democracia, quando a eleição acontece a gente tem que colocar a alma, defender nossas bandeiras. Passei 60 dias em risco, defendendo o que acreditava, e com muito medo da Covid, mas agora que não tem auxílio emergencial e Maceió começa a crescer economicamente de novo, vai vim uma caneta e dizer para adultos que eles não podem ir para festas? Quem está achando que um documento assinado vai proibir as pessoas de irem a uma festa, o recado é que não vai. Você vai tirar é emprego, atrapalhar a economia, mas as pessoas irão para as festas. A gente vai ter uma queda de emprego absurda”, declarou.
A parlamentar foi incisiva ao questionar: “Enquanto se decide proibir os eventos, eu lanço a pergunta e gostaria muito que o governo do Estado nos respondesse: vai vir um auxílio emergencial estadual para bancar o emprego dessas pessoas? Vai sair dinheiro na conta para deixar essas pessoas em casa, porque não dá mais. As pessoas precisam botar comida na mesa. Os mesmos adultos que podiam participar das caminhadas, que eram convidados a torto e a direito no instagram de diversas autoridades para participar de grandes aglomerações, não podem ganhar dinheiro?”, questionou.
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