Variedades
O Leopardo, de Visconti, continua um clássico

Foi um ano tumultuado em Cannes, o de 1963. Os repórteres fotográficos fizeram greve e se recusavam a clicar as personalidades que iam chegando ao Palais. Mas a greve teve de ser interrompida quando Claudia Cardinale, acompanhada por Burt Lancaster e pelo diretor Luchino Visconti, passeou pela Croisette com um leopardo na corrente. Hoje, talvez fosse considerado incorreto, mas o marketing funcionou.
O Leopardo venceu a Palma de Ouro, por unanimidade. Baseado no romance de Giuseppe Tommaso di Lampedusa, conta a história do príncipe Salinas e seu arrivista sobrinho, Tancredi, no quadro da unificação da Itália, na Sicília por volta de 1860. Tancredi/Alain Delon diz a frase célebre: “As coisas precisam mudar para que tudo continue o mesmo”.
Ao se casar com a bela Angélica/Claudia, Tancredi sela um acordo entre a aristocracia decadente e a burguesia ascendente. O príncipe Salinas é seu fiador, e esses dois mundos terminam por interagir na cena do baile, quando ele dança a valsa com Angélica. Infelizmente, a versão anunciada pelo Telecine Cult neste domingo, 25, às 22h, é a da distribuidora Fox, dos EUA, que mutilou a obra, cortando mais de meia hora. Mesmo assim, o filme é belíssimo – um clássico. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Autor: Luiz Carlos Merten
Copyright © 2020 Estadão Conteúdo. Todos os direitos reservados.
Mais lidas
-
1ARTIGO
Dulce Melo escreve: "Um marginal travestido de policial militar"
-
2CHACINA DO PRADO
Corpo de Pierre Victor, morto pelo pai, o major Pedro Silva, será sepultado nesta terça, em Palmeira dos Índios
-
3ELEIÇÕES
Disputa de 2026 em Arapiraca pode antecipar sucessor de Luciano Barbosa em 2028
-
4TRAGÉDIA NO PRADO
Governador anuncia comissão de delegados para apurar fuga do major que resultou em tragédia
-
5FUTEBOL
Técnico da seleção italiana é demitido após derrota para Noruega