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O modelo de hibridismo

Estamos vivendo um tempo de transformação digital. Quem não se adaptar à nova educação estará inexoravelmente condenado a fracassar. O analógico deixará de existir, cedendo espaço às inovações desse extraordinário mundo novo, com todas as atrações do formato remoto ou do já tão falado hibridismo. Isso não vai ocorrer por geração espontânea. Seguramente será fruto de um grande trabalho de renovação. Sairão na frente as escolas que tiverem esse espírito revolucionário. A acomodação não será premiada.
O MEC dessa vez não dormiu no ponto. Por meio da Portaria nº 544, autorizou a substituição das aulas presenciais pelo uso de recursos tecnológicos, inclusive prevendo atividades práticas e de laboratório, como é necessário. Assim se poderá evoluir no processo ensino-aprendizagem. A Universidade situou-se como centro de pesquisa acadêmica e não mais somente como fonte de atendimento ao mercado de trabalho. Dessa forma, como diz Juliano Costa, diretor da Pearson Brasil, “será estimulada a criação de novas habilidades. Assim se atenderá às volatilidades do mundo atual, com a oferta de um modelo mais fluido.”
O especialista Daniel Castilho é diretor da Anima Educação e vice-presidente da ABMES. Para ele, o aprendizado passou a ser focado na formação de empreendedores: “Estamos na era do pós-emprego, em que os profissionais vão trabalhar como free-lancers ou contratados por projetos. Eles precisam ser autônomos e motivados por um propósito, em contraposição ao modelo criado pela revolução Industrial, e com todas as suas características.”
Segundo Castilho, devemos considerar dois aspectos: como ensinar, com a incorporação da infraestrutura tecnológica, e o que ensinar, focando em conteúdo personalizado adaptado às exigências pessoais e profissionais dos alunos: “O indicador a ser criado para medir a eficiência é o aprendizado por hora de ensino. Assim se saberá o valor da Universidade avaliada. Não basta o conteúdo técnico, é essencial o equilíbrio, com o emprego das chamadas softskills. Devemos liderar a transformação local e melhorar a integração na comunidade.”
Já para Fábio Negreiros, que tem as mesmas e saudáveis preocupações, como desenvolve na Microsoft América Latina, devemos começar pelo letramento digital, a capacitação de técnicos, professores e alunos para o uso dos ambientes virtuais e da infraestrutura. É preciso que haja a adoção de um currículo de Inteligência Artificial nas instituições de ensino superior.
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