Economia
Safra brasileira em 2020/21 deve crescer 8%, para 278,7 milhões de t, diz Conab
O Brasil deve colher cerca de 278,7 milhões de toneladas de grãos na temporada 2020/21, o que corresponde a um aumento de 8% na comparação anual, de acordo com levantamento divulgado nesta terça-feira, 25, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume engloba a produção de 15 tipos de grãos, com milho, soja, algodão, arroz e feijão representando 95% do total.
Segundo a Conab, a safra de soja deve alcançar 133,5 milhões de toneladas no próximo ano, refletindo a melhor produtividade, estimada em 3,526 quilos por hectare, e a maior área plantada, que deve crescer em 3% para 37,86 milhões de hectares.
Em comunicado, a companhia ressalta que os preços da oleaginosa tendem a continuar em níveis altos, especialmente por causa da valorização do dólar ante o real e em razão da demanda internacional aquecida, evidenciada pelas vendas antecipadas. Nesse sentido, até o início de agosto, o levantamento aponta que cerca de 40% da safra 2020/21 já havia sido comercializada. No mesmo período do ciclo passado, as vendas tinham atingido 20% da safra.
Ainda no caso da soja, é esperado um cenário positivo para o consumo interno, com base no crescimento de 12% para 13% de biodiesel na mistura do diesel a partir de março de 2021, além do ritmo acelerado na produção de carnes.
Para o milho, a perspectiva é de que haja um aumento na área plantada em 7%, chegando a 19,78 milhões de hectares em todas as três safras. A produtividade média, por sua vez, também pode melhorar. Segundo a Conab, a projeção é de crescimento de 3% no rendimento do cereal, para 5.709 quilos por hectares. O mercado do cereal também vem sendo influenciado pelo dólar e pelo setor de carnes, afirma o comunicado.
A Conab acrescentou, ainda, que a possibilidade de menor investimento na produção de grãos na Argentina pode abrir espaço para os grãos brasileiros no mercado internacional. Dessa forma, as projeções apontam para um crescimento de 5,8% nas exportações de soja do Brasil, para um total de 86,79 milhões de toneladas. Desse volume, a companhia acredita que cerca de 80% pode ser direcionado para a China. Já os embarques de milho são projetados em 39 milhões de toneladas, alta de 13%.
O estudo também comenta que o mercado de algodão foi fortemente afetado pela pandemia do novo coronavírus, o que pode desestimular o plantio para a próxima safra. Portanto, a Conab prevê redução de 11% da área plantada e queda de 2% na produtividade da temporada 2020/21. Assim, a colheita atingiria 2,555 milhões de toneladas, volume 12% menor na comparação interanual.
Autor: Julliana Martins
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