Economia
RTI: IPCA 2020 no cenário com câmbio e juro constantes permanece em 1,9%
O Banco Central manteve sua estimativa de inflação para 2020 no cenário de referência, que utiliza câmbio e juros constantes para o horizonte de projeções. Segundo o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado nesta quinta-feira, este cenário indica um IPCA de 1,9% para este ano. O porcentual é o mesmo que constou na ata e no comunicado do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom). No RTI anterior, de março, a projeção era de 3,0%.
Para 2021, o cenário de referência indica que o IPCA ficará em 3,0%, também igual à ata e ao comunicado. No RTI de março, o porcentual era de 3,6%. Já a projeção para o IPCA de 2022, pelo cenário de referência, está em 3,6%. No RTI anterior, o porcentual calculado era de 3,8%.
Nos cálculos do cenário de referência, o BC considerou uma Selic de 3,00% ao ano e um dólar a R$ 4,95.
Para 2020, a meta de inflação perseguida pelo BC é de 4,0%, com margem de 1,5 ponto (taxa de 2,5% a 5,5%). Para 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 (taxa de 2,25% a 5,25%). Para 2022, a meta é de 3,50%, com margem de 1,5 (taxa de 2,00 a 5,00%).
Cenário de Mercado
Na esteira da pandemia do novo coronavírus, o Banco Central alterou sua projeção de inflação para 2020 no cenário de mercado, de 2,6% para 2,4%. Para 2021, a projeção no cenário de mercado permaneceu em 3,2%. No caso de 2022, a projeção foi de 3,3% para 3,2%.
O cenário de mercado utiliza como parâmetros as previsões dos analistas, contidas no Relatório de Mercado Focus, para a taxa de câmbio e os juros no horizonte da previsão.
Cenário híbrido
O BC divulgou também, no RTI, projeções para o IPCA em dois cenários híbridos – que combinam hipóteses dos cenários de referência e de mercado. Os porcentuais projetados levam em conta impactos da pandemia do novo coronavírus na economia.
No primeiro cenário híbrido – que considera a taxa de câmbio constante em R$ 4,95 e a evolução da Selic (a taxa básica de juros) conforme as projeções do boletim Focus -, a projeção de inflação para 2020 está em 2,0%. No caso de 2021, está em 3,2%. Estes são os mesmos porcentuais publicados no comunicado e na ata do último encontro do Copom. No caso de 2022, a projeção continua em 3,5%.
No segundo cenário híbrido – que considera a taxa de câmbio do Focus e a Selic estável -, a projeção de inflação para 2020 passou de 2,6% para 2,3%. Para 2021, foi de 3,2% para 3,0% e, para 2022, passou de 3,6% para 3,3%. Os porcentuais anteriores constaram no RTI de março.
Autor: Fabrício de Castro e Lorenna Rodrigues
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