Brasil
PF mira aliados de Bolsonaro em inquérito sobre atos antidemocráticos
No âmbito de um inquérito que investiga atos antidemocráticos, a Polícia Federal (PF) realizou uma operação de busca e apreensão contra mais de duas dezenas de alvos nesta terça-feira (16/06), incluindo aliados do presidente Jair Bolsonaro.
A operação desta terça-feira foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do caso envolvendo atos que lançaram ameaças ao Congresso Nacional e ao próprio STF, defendendo o fechamento das instituições.
Foram emitidos 21 mandados contra alvos em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão, Santa Catarina e no Distrito Federal. De acordo com os investigadores, a operação tem o objetivo de levantar provas sobre a organização dos protestos e as fontes dos recursos que financiam os grupos por trás dos atos.
Entre os alvos da operação está o empresário Luís Belmonte, um dos principais financiadores do Aliança pelo Brasil, partido que Bolsonaro pretende criar mas ainda não foi formalizado. Ele é o primeiro suplente do senador Izalci Lucas (PSDB-DF) e proprietário de um time de futebol em Brasília.
Também foi alvo o publicitário Sérgio Lima, outro envolvido na criação do Aliança pelo Brasil. Ele teria sido o criador do logotipo, do portal de internet e do aplicativo para coletar assinaturas para a criação da legenda.
O deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) também foi alvo da operação. Em 2018, juntamente com o deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ), Silveira quebrou uma placa em homenagem da vereadora Marielle Franco durante um comício de Wilson Witzel, à época, candidato a governador do Rio de Janeiro.
Entre os demais alvos da ação estão os blogueiros bolsonaristas Allan dos Santos, do site “Terça Livre”. e Alberto Silva, do canala “Giro de Notícias”, além do youtuber Ravox Brasil.
Nesta segunda-feira, a Polícia Federal realizou uma operação, no âmbito do mesmo inquérito, contra membros de movimentos antidemocráticos e cumpriu seis mandados de prisão, após autorização do STF. Um dos alvos era a líder do movimento de extrema direita “300 do Brasil” Sara Fernanda Giromini, conhecida como Sara Winter.
Ela era uma das organizadoras de um acampamento na Esplanada dos Ministérios que reunia militantes a favor do governo Bolsonaro desde o início de maio, que acabou sendo desmantelado no último sábado por ordem do governo do Distrito Federal, com a ação de policiais militares. Os integrantes do grupo admitiram que havia armas no local.
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