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Histórias do velho capita, outra homenagem a Guilherme Palmeira

17/05/2020
Histórias do velho capita, outra homenagem a Guilherme Palmeira

(mais uma vez peço licença a meus leitores para transcrever um texto escrito pelos filhos de Guilherme Palmeira: Rui e Solange e pelo seu amigo e conselheiro Rui Guerra. Guilherme Palmeira morreu recentemente e Alagoas ainda chora a perda de um extraordinário político de sua história. Guilherme deixou uma multidão de amigos órfãos de sua liderança, porém, os mais chegados irão acender suas lembranças constantemente para lembrar ao povo a esperança de um Brasil melhor, que pessoas como Guilherme Palmeira existem. Eu fui devidamente convocado pelo Pedro Oliveira para participar de uma biografia, me coube a infância e a juventude até o dia que ele aceitou entrar na política. Sinto-me honrado com essa missão. Então vamos ao bem humorado texto da chegada de Guilherme ao céu encontrando amigos que já estão por lá há algum tempo)

FESTA NO CÉU

(Rui Palmeira, Rui Guerra e Sol Palmeira)

E não é que o Correio fez a “Carta para o Zé Nunes “ chegar primeiro que meu pai, incrível!

Sem demora o Zé Nunes procurou o Nilton Oliveira para localizar toda a tropa, divulgar a chegada do Velho e convocar a Zefa, do Buraco, para fazer a macarronada da festa.

Mal chegou o velho, e o Edson, antes da Zefa, já queria o endereço da turma de Brasília para comunicar a instalação de sua nova filial naquela área.

Comandados por Divaldo, que após efusivos abraços, não perdeu tempo para perguntar:

Neguinho, lembrou dos meus discos de Bolero?

Aí chega o Padre Humberto: “Já vou logo avisando, não vou rezar missa nenhuma!! Esse hotel está muito sem graça! E quem é que vai trazer alguma eleitora novinha para animar a festa?

Se eu estivesse só já tinha achado o velho Biu Mossoró para convocar sua tropa.”

Dito e feito. Logo chega o Zé Nunes com o “Pai Veio “ com seu enorme rádio no pé do ouvido e acompanhado da Miss Paripueira, que mal chegou, reclamou do Guilherme pelo atraso do convite.

Seu velho primo Aníbal Palmeira não perdeu tempo para cochichar ao Guilherme “Ouvi tudo o que o Padre Humberto falou. E em qualquer situação estarei ao seu lado, mesmo dentro do bordel que ele estava criando naquela área.”

Interrompendo o papo apareceu Evilásio Soriano reclamando da falta do seu Rum Montilla e que se aquilo tudo não se ajeitasse logo, ele , logo pegaria a DOZE. A seu lado, Robertinho Aranha com um caju na mão “cadê minha pituzinha? “

Beto Gomes, a seu lado não sabia se chorava pela tristeza de Suzana ou se exultava com a chegada de seu compadre especial, amigo de infância, adolescência, faculdade e efervescência em Brasilia.

Nisso a conversa foi interrompida por Zé Bernardes, já abraçado com a Zefa,

em dúvida se pedia dobradinha, sarapatel ou buchada…chega o Gordo Luciano Bentes e diz: “Pede logo tudo!”

Então, Guilherme exclama: Calma, Porra! Se eu fosse trazer todas as encomendas que vocês pediram, iria ter de pagar excesso de bagagem, e vocês sabem que ando liso, porra! Me deixem pelo menos tomar uma dosinha de Red… Evilasio, interrompeu e disse:” Guilherme aqui só tem Black!”

Guilherme: “ Zé Nunes!!! Bora, bora, bora…isso aqui tá uma esculhambação! PORRA!!!!

Timidamente, surge uma voz baixinha: “Zé, você pode pegar uma água de coco pra eu acompanhar o Guilherme no Red? “ era o Salles, todo sem jeito, no meio daquele alvoroço todo.

O Rojão começou a estourar, o Red, a cachaça e o tira-gosto, a rolar quando a Miss Paripueira tirou o Padre Humberto pra dançar e a festa rolou até o sol raiar.