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Viva Chã Preta!
Firmino Teixeira de Vasconcelos Neto ( Netinho) escrevera imorredouro poema – Cantando e contando a vida – que merece ser reproduzido. “ Sou da Princesa dos Montes / Adoro seus horizontes, / E amo a minha terrinha./ Sou vaqueiro viajado/ E das terras que tenho andado/ A Chã Preta é a rainha”.
Olegário Vasconcelos da Silva, jovem advogado-escritor trouxe à tona o majestoso livro intitulado Coletânea de Poetas Chãpretenses fazendo justiça aos seus ancestrais e, por isso, enumero-os: Paulo Duarte Cavalcante, Pedro Teixeira de Vasconcelos, Laurinda Maria de Vasconcelos, Plácido Pereira da Silva, Maria Rebelo Melo, José Firmino Teixeira de Vasconcelos, José Maria Rosa e Silva, Durvalina de Vasconcelos Palmeira que, por sua vez, escrevera lindíssima poesia À Maria Santíssima.
“Ó minha mãe, aceita as primícias/ Dos versos que te oferto com prazer,/ São simples, mas vestem-se de carícias/ De quem te consagrou o seu viver./ Ó Maria, outro nome não existe/ Igual ao teu, em plena formosura,/ Quando a graça do eterno te assiste,/ Cobrindo-te de bondade e ternura./Quisera nos meus versos, ó Maria,/ Cantar eternamente o teu louvor/ Erguendo-te um altar com alegria./ Nele depositar, constantemente,/ Meus sacrifícios e preces de amor, / Depois unir-te a Ti eternamente”.
Dr. Diógenes Tenório de Albuquerque Júnior, natural da bucólica Murici, sócio efetivo da Associação Alagoana de Imprensa ( AAI), fez o prefácio dessa obra e, portanto, merece fazer uma referência à altura do deu pensamento poético.
“ … O livro de Olegário Venceslau trouxe para mim, aliviando a minha alma em meio à aridez dos processos que não param de correr. A voz dos poetas de Chã Preta é um convite à reflexão e ao descanso, uma ode à ternura e ao encantamento. Que todos posam beber dessa fonte caudalosa e aplaudir, como eu o aplaudo, o grande presente que o autor dá a cada um de nós”.
Dir-se-ia que o poeta Olegário Venceslau da Silva consagrado no seu tempo de vate inseriu nas noventa e três páginas, poemas de sua autoria a saber: Todo seu – “Para que a tua glória não feneça/ E teu nome perene ecoe,/ Dos teus filhos nenhum se esqueça/ O passado de luta que foi./ Das esplendorosas damas de outrora/ Majestosa por entre as demais/ Galgaste os píncaros da glória/ Exaltada para sempre serás./ Jubilosa, Alagoas te carrega/ Nos braços com ânsia imortal,/ Igual mãe que os filho não renega/ Desta terra sois orgulho e fanal./ Plantada aos pés desta serra/ Feito cruz ao peregrino guiar, / Teus dias augusto se esmeram/ De rara beleza singular./ Chã Preta, dos montes a princesa/ Filha de uma terra dadivosa/ Entre todas és com certeza/ Orgulho de tua mãe Viçosa”.
Sou filho da querida Paulo Jacinto, e sem querer imitá-lo, fiz uns versos dedicados à Terra de Ernestino Veiga.Terra que me viu nascer./ E também crescer./ À época, era vila, que depois se desprendeu./ Hoje, tenho saudades do meu-bem-querer. Moro na capital dede a década de sessenta. E nunca vou esquecer./ O torrão que lá brinquei, estudei e fiz-me crescer./ Paulo Jacinto querida, Terra que me viu nascer. Diga-se, de passagem, desmembrou-se do município de Quebrangulo no dia dois de dezembro de 1953. Ano que assinala a morte do inolvidável escritor Graciliano Ramos.A propósito, o folclorista Pedro Teixeira fora meu padrinho de Crisma a pedido de minha saudosa mãe Maria Veiga.Alias, pedira em vida visitar àquela gleba querida.Dizia com ênfase: “ Vá conhecer seus primos escritores”.Viva Chã Preta!
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