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Dona Moça
Josefa Teixeira Lima, cognominada de Dona Moça, filha do casal Pedro Theotônio da Cunha Lima/ Josefa Leopoldina Teixeira Lima ( Zefinha), proprietários da Fazenda Mata Lima ( Viçosa), teve sua saga familiar escrita pelo médico-escritor Judá Fernandes de Lima, radicado na próspera cidade de Arapiraca, onde exerce a medicina há cinquenta anos e, portanto, imortalizou nossa avó materna com muita propriedade.
A bem da verdade, Dona Moça casou-se com nosso avô materno José Luís da Veiga Lima, capitão Cazuza em 25 de março de 1897. Após o enlace matrimonial os nubentes foram residir na Fazenda São Lourenço ( Casa-Grande), edificada pelo nosso trisavô Lourenço Ferreira de Melo Sucupira da Veiga. Hoje, conhecida como Santuário dos Veiga de Paulo Jacinto.
Dessa perfeita união, nasceram os rebentos a saber: Luís, Antonina ( Nina), Mário, Gertrudes Magna ( Tude), Maria Mariquinha, Maria Romeira, e, finalmente, Maria Veiga ( Naninha), minha saudosa genitora que, por sinal, contraiu núpcias com João Cícero Laurentino da Rocha germinando a prole composta por Tabita/ José Tadeu/ Nilson ( In Memoriam), Cícero, Maria de Jesus Rocha Barros (Jeva) e, por último, o caçula Laurentino Veiga, nascido na Vila de Paulo Jacinto no dia 3 de fevereiro de 1946. À época, pertencia politicamente a Quebrangulo, vindo adquirir status de município no dia 2 dezembro de 1953, ano que assinala a morte do inesquecível escritor Graciliano Ramos.
O primo-irmão, natural da velha Viçosa, trouxe à tona a história de Dona Moça convidando sua esposa assistente social-escritora Almira Alves Fernandes que fez a apresentação do opúsculo com versos de Cordel. “ O Judá preocupado/ Pediu-me pra apresentar / O livreto Dona Moça/ Que ele quer editar./ Eu sou suspeita e garanto,/ Não sou intelectual/ Pra prefaciar trabalho/ Dessa forma especial. / Lendo o trabalho se nota, / Dona Moça foi um encanto./ Jovem mãe , amada esposa/ Que bem merecia um canto./ Teve prole numerosa,/ Porém nunca se abateu,/ Nem com a tristeza da sogra, / Nem com a vida que viveu./ Dona Moça partiu cedo,/ Mas sua história ficou./ Seu neto quis resgatá-la/ Assim homenageou/ Aquela querida dama/ Na Mata Limpa nasceu,/ Na Fazenda São Lourenço/ Muito jovem faleceu”.
Dir-se-ia que o renomado escritor fora feliz quer na iniciativa, quer em matéria literária que servirá de pesquisa aos netos, bisnetos de Dona Moça. Até aos paulojacintenses que almejam conhecer a História da então Vila de Paulo Jacinto, fundada pelo pioneiro lusitano Sucupira da Veiga quando aportou no Vale do Parayba nos idos de 1882. Genitor do fazendeiro Luís de Araújo Pessoa, major Lulu, pai de José Luís da Veiga Lima. Famoso capitão Cazuza falecido em 23 de janeiro de 1945.
Diga-se, de passagem, nossa avô materna casou-se no dia 27 de maio de 1896, com o primo José Luís da Veiga Lima. Ele com 26 anos de idade, ela com apenas 22 primaveras. Apesar do grande amor que viveram, faleceu jovem deixando seus descentes que povoaram o Vale da Paraíba. “ Mais rápido do que imediatamente, fora os abortos e prematuros, sete brotos vieram ao mundo, todos infantes sadios e saudáveis, edificando a famosa escadinha das famílias nordestinas”.
“ Todos cantam sua terra, também vou cantar a minha”. Isto é, faço justiça aos meus ancestrais que deixaram marcas indeléveis que a poeira do tempo não conseguirá apagar. E, portanto, o marco inicial surgiu do primo-escritor que, por sinal, escrevera vários livros narrando a origem dos Veiga de Paulo Jacinto. Deixo patenteado que exaltar os pioneiros desbravadores daquela cidade natal, constitui um prazer muito grande. E, principalmente, a saudosa matriarca Dona. Moça.
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