Alagoas
Servidoras da Sefaz Alagoas participam de mesa redonda sobre empoderamento, empreendedorismo e mulheres na política
A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz-AL) deu continuidade, nesta quinta-feira (12), a série de programações do mês da Mulher. Desta vez, foram convidadas mulheres que são referências na política, na comunicação e no empreendedorismo em Alagoas, e que inspiram outras alagoanas com seu sucesso pessoal e profissional. A oportunidade aconteceu no Bloco Administrativo Sílvio Carlos Viana, em Jacarecica.
Sob o comando da chefe Executiva de Valorização de Pessoas (CEVP) da Sefaz-AL, Deusiene Mendes, o debate envolveu a deputada Estadual Cibele Moura, a jornalista e empresária Luana Nunes, a design de acessórios e empresária Endy Mesquita e a empreendedora Joyce Nobre. Entre os temas discutidos estão conquistas sociais, políticas e econômicas, estimulando a reflexão e ação sobre a luta feminina na era moderna para obter seus direitos.
“Que satisfação representar a força, a dedicação da servidora alagoana, em especial, da servidora fazendária, em meio a nomes ícones em nosso meio feminino, como Cibele, Luana, Endy e Joyce. Foi gratificante celebrar com tantas colegas, essa alusão ao dia de luta, de reconhecimento das nossas conquistas, uma data 8 de março como nenhuma outra”, enfatiza a chefe da CEVP, Deusiene Mendes.
No início da mesa-redonda, foi discutido o espaço que a mulher ocupa no mercado de trabalho e como pode ser mais inserida nele. Neste sentido, a empresária Endy Mesquita expôs que a produção da sua empresa é formada por mão de obra 100% feminina.
“Essa abordagem feita aqui na Fazenda é super importante. Na minha empresa, possibilito capacitações e trabalho remunerado para aquelas que tanto precisam. Passei a focar nas minhas colaboradoras, possibilitando maior bem-estar e, consequentemente, melhor atendimento para meus clientes”, ressalta Endy Mesquita.
Para a jornalista Luana Nunes, empreender é assumir riscos e seguir em frente. Ser resiliente. Acreditar no propósito que precisa ser cumprido. “Os desafios são constantes e diários. De liderar um time até de enfrentar o machismo. Quando eu falo de feminismo, eu quero falar de equidade, não só de igualmente. A mulher não quer se igualar a ninguém. Não queremos competir. A gente quer conquistar e firmar o nosso espaço. A gente quer se equiparar, ser tão boa quanto o homem, fazer tão bem feito quanto as outras pessoas, ganhar tão bem quanto eles. É por isso que o feminismo luta”.
A empreendedora Joyce comentou sobre o planejamento estratégico feito para seu negócio. A princípio, sua meta era ser um flau referência em Maceió. Entretanto, tornou-se referência nacional a ponto de concorrer ao prêmio de empreendedorismo popular, demonstrando que a inovação está mais ligada a criatividade do que tecnologia. Argumenta que fica feliz em compartilhar seu crescimento profissional por encorajar outras mulheres.
A deputada Estadual Cibele Moura ressaltou a importância da Assembleia Legislativa ser mais ocupada por mulheres na bancada. Atualmente, apenas cinco são preenchidas pelo sexo feminino, perante um total de 27 cadeiras.
“Enquanto eu tiver o poder da caneta e do microfone para ajudar as mulheres mesmo que minimamente vou continuar usando. Estou propondo a revogação de várias leis: algumas em desuso, outras que não concordo e aquelas que considero atrapalhar. Uma delas é de 1943 que institui a escola doméstica e profissional, que ensina a cuidar da casa e do lar. Se for para cuidar da casa ou estar no mercado de trabalho ou os dois que seja a vontade da mulher”, afirma a deputada.
De acordo com a assessora Especial da Sefaz-AL, Ana Helena Campoy, a ação propôs debates atuais e bastante relevantes na sociedade, principalmente para o público feminino. “Excelente iniciativa do órgão. Ouvi relatos de mulheres que são referências na sua área profissional nos inspira de fato, além de estimular a realização de atividades dando o melhor de si e encorajar a novos desafios”.
Sobre a data
A história nasceu nos Estados Unidos em meados do século XIX, em um manifesto que contou com a colaboração de cerca de 130 funcionárias de uma indústria, que reivindicavam melhores condições de trabalho e salário (já que ganhavam em média treze vezes menos do que os homens).
A militante alemã, Clara Zetkin, propôs a criação de um Dia Internacional da Mulher em 1910, que seria a data para mobilizar mulheres trabalhadoras de todo o mundo e abordar questões relacionadas à igualdade nos direitos civis, políticos e sociais.
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