Economia

Lucro líquido do Itaú totalizou R$ 28,363 bilhões em 2019, alta de 10,2%

10/02/2020

O Itaú Unibanco registrou lucro líquido recorrente de R$ 7,296 bilhões no quarto trimestre do ano passado, 12,6% maior que o registrado em idêntico intervalo de 2018, de R$ 6,478 bilhões. Em relação ao terceiro trimestre, de R$ 7,156 bilhões, foi identificada elevação de 1,9%.

O desempenho no quarto trimestre foi impulsionado, conforme explica o banco, pelo crescimento do crédito junto às pessoas físicas e micro, pequenas e médias empresas e ainda maiores receitas de serviços e tarifas, principalmente na área de administração de fundos, investment banking, corretagem e emissão de cartões. Do lado negativo, o banco cita aumento de 1,7% nas despesas operacionais por conta do desligamento de pessoal e ainda maiores gastos de provisão, as chamadas PDDs na operação da América Latina, que ocasionaram maior custo de crédito no período.

No ano de 2019, o lucro líquido do Itaú totalizou R$ 28,363 bilhões, que representa incremento de 10,2% em relação a 2018, quando a cifra foi de R$ 25,733 bilhões.

“A melhora do cenário econômico e, consequentemente, do ambiente de negócios possibilitou a retomada do crédito em 2019, o que impactou positivamente as nossas carteiras em diferentes linhas de produtos”, avalia o presidente do Itaú, Candido Bracher, em nota à imprensa. Ele destaca ainda que o banco obteve resultados recordes na área de gestão de recursos de terceiros e também no banco de investimento, impulsionado por operações de mercado de capitais.

A carteira de crédito total do Itaú foi a R$ 706,664 bilhões ao fim de dezembro, aumento de 2,6% em relação a setembro. Ante um ano, o banco entregou expansão de 10,9%.

Tal desempenho foi impulsionado pela carteira de micro, pequenas e médias empresas, com avanço de 6,6% no quarto trimestre ante os três meses anteriores e 26,6% em um ano. O segmento de pessoas físicas teve altas de 4,4% e 13,5%, respectivamente. Já o crédito para grandes empresas cresceu 3,3% e 10,1%, nesta ordem.

Enquanto de um lado o banco acelerou a concessão de empréstimos no ano passado, do outro passou a ser ainda mais criterioso do lado das despesas em meio à uma concorrência acirrada com as fintechs, que vêm pressionando a linha de receitas de serviços dos grandes bancos. Nesse sentido, O Itaú anunciou o fechamento de cerca de 400 agências até dezembro de 2019 e ainda fez um programa de demissão voluntária (PDV). Para este ano, a redução da rede física deve ser em menor intensidade, com o banco capturando os ajustes já feitos na operação.

O Itaú encerrou dezembro com R$ 1,738 trilhão em ativos totais, aumento de 5,4% em um ano, de R$ 1,649 trilhão. Em relação a setembro, quando somava R$ 1,738 trilhão, foi vista estabilidade.

O patrimônio líquido do maior banco privado da América Latina era de R$ 131,987 bilhões no quarto trimestre de 2019, elevação de 0,2% em um ano. Já a rentabilidade média sobre o patrimônio líquido do Itaú foi de 23,7% no quarto trimestre de 2019, ante 23,5% no terceiro. No ano fechado de 2019, ficou em 23,7%, ante 21,9% no exercício anterior.

O Itaú comenta seus resultados do quarto trimestre e de 2019 em teleconferência com a imprensa, amanhã, às 8h30. O banco realizaria sua tradicional coletiva presencial, na sede, em São Paulo, mas mudou os planos após as fortes chuvas na cidade. Com o mercado, o Itaú promove teleconferência às 10 horas, em inglês, e às 11h30, em português.

Dividendos

O conselho de administração do Itaú Unibanco aprovou o pagamento de dividendos complementares de R$ 0,4832 por ação, e Juros sobre Capital Próprio (JCP) de R$ 0,5235 por ação.

Os valores serão pagos com base na posição acionária do dia 20 de fevereiro, e a partir do dia 21, as ações passam a ser negociadas ex-direitos. O crédito será realizado no dia 06 de março.

Segundo o Itaú, os acionistas vão receber, pelo resultado de 2019, um total de R$ 1,927 por ação, ou R$ 18,8 bilhões em dividendos e JCP, valor que equivale a 66,2% do lucro do ano.

Autor: Aline Bronzati
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