Brasil
Desemprego cai no Brasil e encerra 2019 em 11%
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad), divulgados nesta sexta-feira (31/01) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelaram que o desemprego caiu no final de 2019, fechando o último trimestre em 11%, o menor patamar desde os últimos três meses de 2015.
Os números significam que o desemprego no país atingiu 11,6 milhões de pessoas, o que representa uma queda de 7,1% (883 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior, encerrado em setembro. Também houve queda em relação ao mesmo trimestre de 2018.
A média anual do desemprego em 2019 ficou em 11,9%, recuando em relação a 2018, quando foi de 12,3%. Segundo o IBGE, na comparação com 2014 – que foi o ano com números mais baixos (6,8 milhões de desempregados) –, a população sem trabalho quase dobrou, crescendo 87,7% em quase cinco anos.
Também no ano, a média de pessoas desocupadas em 2019 foi de 12,6 milhões, um recuo de 1,7% em relação a 2018, o que equivale a 215 mil indivíduos.
Apesar de um aumento no número de trabalhadores com carteira assinada (1,8% no último trimestre), os dados revelam uma alta no trabalho informal, que atingiu seu maior contingente no país desde 2016, chegando a 41,4% da população ocupada (38,4 milhões de pessoas).
Os informais incluem trabalhadores sem carteira, domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar.
Já entre os trabalhadores com carteira assinada, a alta foi de 1,1% entre os anos de 2018 e 2019, com a criação de 356 mil vagas no mercado. Essa tendência interrompeu a queda registrada entre 2015 e 2018, mas ainda foi inferior ao crescimento do trabalho informal.
No último trimestre de 2019, o total de trabalhadores por conta própria foi de 24,6 milhões de pessoas, número 3,3% maior do que o do último trimestre de 2018. Os trabalhadores sem carteira assinada somaram 11,9 milhões, ou seja, 367 mil pessoas a mais do que nos últimos três meses do ano anterior.
A maior cifra total de pessoas ocupadas se deu no setor industrial, com 3,3% (388 mil trabalhadores) a mais do que no final de 2018. O maior crescimento percentual foi registrado nas áreas de alojamento e alimentação, com 282 mil pessoas a mais (5,2%).
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