Somados aos 235 procedimentos cirúrgicos efetivados em dezembro do ano – com mais 186 cirurgias de retirada do útero, vesícula biliar e de hérnias em janeiro de 2020 -, a Sesau chega ao número de 421 intervenções. Mais uma fase do mutirão no Clima Bom já aconteceu este mês, e uma nova etapa terá início nos dias 30, 31 deste mês e 1° de fevereiro, no bairro do Jacintinho.
Acompanhando de perto a evolução do programa, o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, volta a destacar que o Mutirão de Cirurgias segue cumprindo o seu cronograma de reduzir o tempo de espera, além de buscar zerar as filas em Alagoas.
“A população precisa de um serviço que lhe assegure, de forma célere, o agendamento destas cirurgias. E é justamente isso que está acontecendo. A quarta etapa do programa está prevista para o bairro do Jacintinho e o Governo de Alagoas já conseguiu 421 intervenções cirúrgicas desde dezembro até meados de janeiro”, ressalta o secretário.
Da expectativa à realidade – A autônoma Antônia Martins Costa, de 47 anos, moradora do bairro Benedito Bentes, chegou ao Hospital da Mulher por volta das 5h30 da manhã para realizar sua cirurgia de histerectomia. Há cinco anos, ela convive com muitas dores na região abdominal e, durante o período menstrual, chegava a ter muitas hemorragias, deixando-a debilitada.
Além disso, os constantes enjoos e as intensas dores no estômago quando fazia qualquer esforço físico, a impedia de realizar os trabalhos domésticos – os mais simples -, inclusive. E, ao tentar marcar os exames com uma ginecologista, a luta era vã, visto que, à época, ela morava no interior, e, portanto, não conseguia se deslocar até a capital.
Em julho do ano passado, ao fazer um ultrassom, a médica informou que ela estava com mioma e que precisava retirá-lo o mais rápido possível. “Nunca tinha ouvido falar nessa palavra mioma”, disse Antônia. Conforme o tempo foi passando, as dores aumentavam e, com isso, ela precisou recorrer às medicações prescritas por um especialista, para estancar o sangramento, já que não aguentava mais conviver com a situação.
“Não tenho nem palavras para agradecer. Primeiramente, agradeço a Deus e, depois, a toda equipe médica do programa Mutirão de Cirurgias e do Hospital da Mulher. As pessoas são muito educadas, gentis e carinhosas”, elogiou.
Há um ano, Walzeny Pereira Sampaio, de 54 anos, vendedora de cosméticos, vem sentindo dores em função da hérnia umbilical. No início, achava que era problema nos rins, mas, depois, ao fazer um exame, foi diagnosticada com hérnia. Nesse tempo, ela tentou realizar a cirurgia em vários locais, mas não conseguiu. Quando soube do Programa Mutirão de Cirurgias, no bairro Vergel do Lago, ficou contente e não via a hora de ser atendida pelos especialistas e marcar, finalmente, o procedimento cirúrgico. E deu certo.
“Estava sofrendo com essa hérnia e o mutirão foi uma dádiva de Deus. Graças aos profissionais de lá, estou aqui, para realizar a minha cirurgia. Sou grata a todos. Essa ação que o Governo de Alagoas está fazendo é uma benção para todo mundo. Se eu não tivesse conseguido essa cirurgia através do mutirão, era capaz de eu estar com a minha vida em risco, pois a hérnia poderia estrangular a qualquer momento”, contou.
“Eu corri em muitos lugares à procura dessa cirurgia, mas não consegui realizá-la. Vou me operar e está sendo tudo ótimo”, salientou a dona de casa Rosani Maria da Silva, moradora do bairro Tabuleiro do Martins, que, assim como Walzeny, convive com a hérnia umbilical há um ano.
Qualidade de vida – Para a diretora-geral do Hospital da Mulher, Eliza Barbosa, o Programa Mutirão de Cirurgias é mais uma importante ação realizada pela Secretaria de Estado da Saúde para reduzir o tempo de espera por procedimentos que garantam mais saúde e qualidade de vida às pessoas.
“Assim como aconteceu na I etapa, quando conseguimos realizar 235 cirurgias, nossa meta, agora, é aumentar esse número até 15 de fevereiro, quando finalizaremos a II etapa, que aconteceu no bairro Vergel do Lago. Estamos felizes em devolver a essas mulheres a qualidade de vida que, muitas vezes, por problemas de saúde, as impedem de ter essa assistência qualificada e humanizada”, destacou.