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Com MDB e Teófilo na berlinda, Fabiana Pessoa e Hector Martins surgem como alternativas

16/12/2019
Com MDB e Teófilo na berlinda, Fabiana Pessoa e Hector Martins surgem como alternativas

Lívia Barbosa com seu pai e vice governador de Alagoas Luciano Barbosa e seu marido Pedro Silva

O tempo fechou para o vice-governador Luciano Barbosa (MDB) e o deputado-estadual Ricardo Nezinho (MDB). A Polícia Federal, na quarta-feira, 11, prendeu a filha do vice-governador Lívia de Almeida Barbosa da Silva Margallo, o genro, Pedro da Silva Margallo e ainda a cunhada do parlamentar Ricardo Nezinho, que foram alvos da Operação Florence ‘Dama da Lâmpada’.

Eles foram presos em cumprimento a mandados de prisão preventiva e prisão temporária, sem prazo fixo de restrição de liberdade. A ação policial investiga fraudes, desvios de recursos e corrupção de agentes públicos na prestação de serviços de OPME – órtese, Prótese e materiais especiais, no Estado de Alagoas.

Lívia Barbosa é sócia da LP Ortopedia e, que junto ao marido, começou a prestar serviços para a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).  Segundo Jorge Eduardo Ferreira de Oliveira, delegado da PF, também fazia parte do esquema o Instituto de Ortopedia de Alagoas (Iortal), presidido por Luciene Araújo Silva.

“Chegaram ao ponto de nem mais disfarçarem o caminho da propina”, destacou o delegado, que confirmou o flagrante de transferências do Iortal à conta bancária de Lívia. Atualmente, o Iortal teve sua prestação de serviços interrompida pelo Executivo estadual. De agosto para cá, o rombo causado pelas fraudes chegou aos R$ 10,1 milhões.

As investigações, que foram iniciadas em maio, apontaram que valores destinados à determinada entidade sem fins lucrativos, ultrapassam os R$ 30 milhões nos últimos três anos. Foi constatada a monopolização dos serviços de OPME em Maceió e Agreste alagoano, celebração de Termo de Colaboração injustificadamente direcionada para entidade comandada por servidor público estadual, pagamentos sem com provação dos correspondentes serviços prestados, confusão patrimonial entre a entidade sem fins lucrativos e seus dirigentes, transferências injustificadas de recursos financeiros a servidores responsáveis pela avaliação e monitoramento dos serviços prestados constantes do Termo de Colaboração.

As diretoras do HGE, Marta Celeste Silva de Oliveira e do HEA, Regiluce Santos Silva (cunhada de Nezinho) também tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça. As investigações levaram ao pedido da preventiva de Gustavo Francisco Vasconcelos do Nascimento, Luciane Araújo, Lívia Barbosa de Almeida Silva Margallo (filha do vice-governador), Geane Marinho da Silva, Fábio Luiz Gomes dos Santos, Henrique Dartagnan de Cerqueira Barros e Noélia Nunes da Costa. Já os pedidos de prisão temporária foram decretados contra Rachel Nascimento Vasconcelos, Merentino Francisco de Moraes do Nascimento, Cristiane Araújo Nascimento, Carlos Alberto Correia Braga Júnior, Pedro da Silva Margallo (genro de Luciano Barbosa e marido de Lívia Barbosa), Janaína de Fátima da Silva Marinho e Verônica Maria de Oliveira Leite.

Eleições 2020

Bem cotados na pré-disputa eleitoral de Arapiraca – tendo em vista o desgaste administrativo de Rogério Teófilo (que se encontra em Maceió recuperando-se de um sério tratamento de saúde), Barbosa e Nezinho disputavam quem detinha maior força para ser o protagonista da luta eleitoral que culmina em outubro de 2020.

Entretanto, após a operação realizada pela Polícia Federal, os nomes de Barbosa e Nezinho considerados fortes vão para a berlinda e abrem espaços para políticos que surgem como novidade no pleito arapiraquense, a exemplo da vice-prefeita Fabiana Pessoa (esposa do deputado-federal Severino Pessoa) e do advogado Hector Martins, presidente da Subsecção de Arapiraca e que está se afastando do cargo para participar diretamente das démarches políticas.

Fabiana Pessoa

Hector Martins

As próximas pesquisas de intenção de votos vão medir o estrago causado pela Operação da Polícia Federal na eleição de Arapiraca.

Porém, sabe-se desde já que na Terra de Manoel André, nada será mais do que era antes.