Alagoas
Programa para informatizar unidades de saúde no Brasil começa por Alagoas
A melhoria dos indicadores da Atenção Primária, a exemplo da redução das taxas de mortalidade infantil e materna, além de uma das melhores coberturas de internet do país, fez com que o Ministério da Saúde escolhesse Alagoas para iniciar a implementação do Conecte SUS. O programa de informatização do governo federal para a saúde pública nacional foi lançado, nesta segunda-feira (11), pelo ministro da pasta, Luiz Henrique Mandetta, em solenidade realizada no Palácio República dos Palmares, onde foi recebido pelo governador Renan Filho.
“Vamos aprimorar ainda mais o nosso sistema para continuar reduzindo a mortalidade infantil e materna, fazendo o atendimento primário à população em todas as cidades de maneira eficiente”, afirmou o governador, Renan Filho, destacando a parceria firmada com o governo federal para melhorar o sistema de saúde pública nacional por meio do projeto-piloto lançado no estado.
“Alagoas vem demonstrando melhorias nos indicadores da Atenção Primária, o que nos faz acreditar que o momento é importante para que o Governo Federal se some (aos esforços) e possamos fazer aqui o início do prontuário eletrônico universal a todo o território nacional”, disse o ministro.
Segundo Mandetta, o programa vai integrar todas as informações de saúde do cidadão em uma grande rede de dados. Com isso, os profissionais de saúde e gestores terão mais eficiência no atendimento e continuidade ao cuidado do paciente em qualquer tempo e lugar. Alagoas é o estado-piloto para implementação do Conecte SUS, que começa com a adesão dos municípios para informatização das unidades de saúde da Atenção Primária.
Os recursos federais investidos para o auxílio à Informatização da Atenção Primária, como parte do desenvolvimento do Conecte SUS no projeto-piloto de Alagoas, será de R$ 21,1 milhões, sendo R$ 2,1 milhões em 2019 e R$ 18,9 milhões 2020. A escolha de Alagoas se deu em função de o território ter uma das melhores coberturas de internet do país. Outro fator levado em consideração foi a melhoria dos indicadores da Atenção Primária. A taxa de mortalidade materna, por exemplo, é a segunda menor do país.
Em março de 2020, começa a validação do modelo na rede de dados, a partir do monitoramento e avaliação dos processos. Em seguida, ocorrerá a expansão para os outros estados. “Nós temos, aproximadamente, 20% das unidades informatizadas e queremos chegar a um número próximo de 100% num intervalo de seis meses. O Conecte SUS vai possibilitar ao cidadão saber toda a sua trajetória no Sistema Único de Saúde, quais vacinas tomou, os atendimentos e exames realizados”, acrescentou o ministro.
O governador aproveitou a passagem do ministro por Maceió para convidá-lo a conhecer as instalações do Hospital da Mulher, no bairro do Poço, entregue à população em setembro passado. Segundo Renan Filho, o ministro demonstrou interesse em colaborar financeiramente com o custeio do equipamento de saúde, construído e mantido integralmente pelo Governo do Estado.
“O ministro Mandetta está querendo colaborar para que o projeto de maior investimento em saúde pública da nossa história conte com o apoio do governo federal, porque isso é fundamental para o povo alagoano”, revelou Renan Filho, citando a construção de outros quatro hospitais, o Metropolitano, em Maceió, e três regionais, no interior do Estado.
Investimento
A solenidade realizada no auditório Aqualtune reuniu secretários de Estado, prefeitos, deputados estaduais e federais. A cerimônia também marcou o anúncio do repasse de R$ 26,8 milhões para Alagoas, que serão investidos em 23 municípios do estado. Segundo o ministro, os recursos vão possibilitar a ampliação da oferta de serviços na rede hospitalar de urgência e emergência, como a realização de cirurgias, exames, atendimentos, habilitação de leitos, dentre outros serviços.
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