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C A L A B A R
Professor Audemário Lins, natural da histórica cidade de Porto Calvo, relações públicas, filósofo, nascido no dia 12 de novembro de 1942, tornou-se bastante conhecido quando lançou seu majestoso livro Calabar – O Herói Desconhecido – e, portanto, remeteu-me um exemplar com fraterna dedicatória: “ Ao ilustre jornalista Laurentino Veiga, uma nova versão de Domingos Fernandes Calabar”. Diga-se, de passagem, li com muita atenção sua narrativa em português coloquial.
Segundo o autor, “ Este livro se ocupa em desvendar a verdade, que julgo ser de suma importância para os que gostam de diferenciar o certo do errado. Espero que esta nova versão sobre a história de Calabar, ora divulgada, seja realmente assimilada e aceita por todas as classes sociais do nosso imenso pais. Vale ressaltar que, todas as páginas deste humilde livro estão cheias de inesperadas revelações e verdades magníficas, sobretudo o que ocorreu, de fato e de direito na vida íntima de um idealista, herói e patriota sem preço.O principal objetivo do meu livro é auxiliar o leitor a descobrir a verdade sobre a vida do infeliz idealista, uma vez que, tentei verbalmente esclarecer em detalhes os fatos mais importantes que ocorreram na vida íntima do herói, e percebi que aproximadamente oitenta por cento das pessoas entrevistadas por mim, desconheciam as razões que motivaram levar à forca o herói portocalvense, ao passo que o restante, vinte por cento das pessoas apontadas conhecedores da história de Calabar, desconheciam que o referendado era, na verdade, um herói”.
A bem da verdade, quando ocorreu a morte por enforcamento do injustiçado Calabar, vivia-se, a União Ibérica ( 1580/1640). Isto é, não existia Brasil e, sim, uma Colônia portuguesa sob o jugo espanhol.Desse modo, acredito eu que os holandeses tinham um plano de desenvolvimento para a então colônia. Basta tão-somente verificar a gestão de Maurício de Nassau.Investiu em estradas, cultura e, principalmente, em religiosidade. Tanto é que foi chamado de volta à Holanda por ter fugido dos planos de seus comandantes.
O professor Audemário chega a indagar: traidor da pátria de quem?Dos portugueses ou dos espanhóis? “ Quem disse que o Brasil naquela época era uma nação, ou tinha como simples colônia um povo ligado aos ideais de independência do jugo luso-espanhol ?E que grandes provas possuíam os escritores e historiadores daquela época para condenar a realidade da história?A posição que Domingos Fernandes Calabar ocupou tanto no exército luso-espanhol, como no exército holandês, pode ser medida com exatidão pelos valorosos serviços que prestou a ambas as forças militares, e consequentemente a sua própria pátria.Mesmo assim, vozes mesquinhas se ergueram contra o herói idealista, desde o momento em que tomaram conhecimento de sua louvável atitude: a de passar a defender a bandeira holandesa”.
Por outro lado, sabes-se que os espanhóis acabaram com as civilizações dos Incas e dos Maias.Destruíram suas culturas e, sobretudo, saquearam suas riquezas materiais. E, hoje, a Espanha não passa de um país pobre envolvido com a União Europeia que adotou uma moeda única.Portugal, por sua vez, no século XVI era uma potência. Hoje, não passa de um país sem indústria, sem desenvolvimento vivendo à mercê dos países desenvolvidos como a França, Itália e outras potências.
Dir-se-ia sem medo de errar: o professor Audemário Lins por sua vez, escreveu uma obra capaz de dissipar dúvidas históricas, e, ao mesmo tempo, fez justiça a um portocalvense à altura da grandeza do Brasil. Felicito-o pela sua feliz iniciativa em prol da história verdadeira. E, portanto, prestou relevantes serviços à Pátria.VIVA O HERÓI !
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