Alagoas
Projeto utiliza o folclore na alfabetização dos socioeducando em Alagoas
Adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas que cursam do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental participaram, nos meses de agosto e setembro, de um projeto pedagógico sobre o folclore brasileiro. Os jovens, que têm entre 14 e 21 anos, tiveram a oportunidade de aprender mais sobre as tradições do país expressas em suas festas populares, lendas e costumes.
A iniciativa inspirada no Dia do Folclore, celebrado no último dia 22, contemplou socioeducandos da várias unidades de internação e envolveu educadores e colaboradores da Superintendência de Medidas Socioeducativas (Sumese), coordenada pela Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev), e da Escola Estadual Educador Paulo Jorge dos Santos Rodrigues em um trabalho de alfabetização e construção cultural.
Segundo a professora Luzimar Ribeiro, coordenadora pedagógica da Escola Paulo Jorge, o projeto utilizou a riqueza e a diversidade cultural do Brasil para ensinar, de forma lúdica, os adolescentes que ainda estão em processo de alfabetização. “Cada Unidade explorou um aspecto do folclore brasileiro, como o cordel, as lendas, os ditos populares e folguedos; então, nós utilizamos isto para integrar os adolescentes e aproximá-los da leitura e da escrita”, explicou.
Na Unidade de Internação Masculina (UIM 2), a culminância do projeto aconteceu, nesta semana, na sede da superintendência e os adolescentes protagonizaram o evento com apresentações artísticas e exposições culturais sobre os folguedos típicos de cada região do país, como o Guerreiro, a Cavalhada, o Bumba-meu-boi e o Pastoril.
O socioeducando J.C.S.S., de 18 anos, apresentou o folguedo Cururu, dança folclórica típica da região Centro-Oeste marcada pela disputa de versos e repentes. Ele diz que “o estudo do folclore trouxe muita alegria e animação para a Unidade” e que todos os adolescentes puderam “conhecer um pouco mais sobre cada região do Brasil por meio das suas histórias e da cultura popular”.
As apresentações do encerramento foram coordenadas pelas professoras Maria José, Maria Cícera, Ivana Maranhão e Gertrudes e envolveu toda equipe pedagógica e corpo técnico. Na ocasião, elas relataram que o engajamento dos adolescentes em sala de aula surpreendeu toda a equipe e que a culminância representa também a celebração deste sucesso.
“Todos foram muito participativos e demonstraram a vontade genuína de aprender. Para essa culminância, os alunos também confeccionaram os chapéus, as lembranças e os cartazes, tudo com muito carinho. Eles estão de parabéns e nós da Sumese queremos celebrar tudo isso”, comentou Maria José.
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