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Correção: Vale paralisa obra em barragem de Itabira (MG)
A nota enviada anteriormente contém uma incorreção. Os funcionários da Vale foram liberados ontem da frente de obras em função da paralisação temporária, e não devido à folga semanal. Segue o texto corrigido e ampliado:
A mineradora Vale paralisou no início da tarde de sábado, 27, as obras de alteamento que realizava na barragem Itabiruçu, em Itabira (MG), a pouco mais de 100 quilômetros de Belo Horizonte. Segundo a empresa, a medida foi “preventiva” e atende a uma orientação do projetista do empreendimento.
Em nota, a Vale afirmou que não ocorreu nenhuma mudança no nível de segurança e na estabilidade da barragem. Os funcionários foram liberados neste sábado da frente de obras, em função da paralisação temporária.
A recomendação de paralisação foi motivada pela “identificação de alterações decorrentes de assentamentos diferenciais no terreno, efeitos passíveis de acontecer durante este tipo de obra”, diz o texto. “O fato foi relatado aos órgãos competentes, que já vistoriaram as obras. Estudos mais aprofundados estão sendo conduzidos e, em caso de necessidade, medidas corretivas serão tomadas.”
O alteamento tem como objetivo a ampliação da estrutura para aumentar a capacidade de armazenamento de rejeitos de minério de ferro. A Defesa Civil informou ter sido avisada do problema na noite de sábado, 27, às 22h10, e que não houve “alteração no nível de segurança da barragem”.
O tenente-coronel Flávio Godinho, coordenador-adjunto da Defesa Civil em Minas, afirmou que, conforme a Vale, a Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) da barragem foi renovada.
A mineradora comunicou que a barragem é construída pelo método a jusante, “considerado o mais seguro”, ressaltou. “A Vale realiza o monitoramento integral da estrutura, que teve sua Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) renovada em 30 de março deste ano.”
As duas barragens que romperam em Minas Gerais em menos de quatro anos, a de Fundão, da Samarco – uma joint venture da Vale e da BHP Billinton -, em Mariana, e a do Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho, foram erguidas sob outro método, chamado a montante. Em Mariana, o rompimento da estrutura, ocorrido em 5 de novembro de 2015, matou 19 pessoas e destruiu o distrito de Bento Rodrigues. A ruptura da estrutura em Brumadinho ocorreu em 25 de janeiro de 2019, provocando a morte de 248 pessoas. Outras 22 estão desaparecidas.
Autor: Daniela Amorim e Leonardo Augusto, especial para O Estado
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