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Ibovespa sobe 1,61% com noticiário favorável à reforma da Previdência
O noticiário político da terça-feira, 28, reforçou o clima mais otimista em relação à aprovação da reforma da Previdência e deu fôlego para o Índice Bovespa alcançar nova alta significativa, reconquistando o patamar dos 96 mil pontos. Após o feriado dos Estados Unidos, investidores estrangeiros voltaram às compras e levaram o índice aos 96.392,76 pontos, com alta de 1,61%, na contramão das bolsas de Nova York. Os negócios foram robustos e somaram R$ 23,9 bilhões.
Os principais sinais de Brasília que repercutiram positivamente nos negócios foram a busca do governo por um pacto entre os Três Poderes em favor das reformas e do crescimento econômico e a iniciativa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de pedir a antecipação do relatório da reforma da Previdência.
Outro fator de grande relevância na alta do Ibovespa foi a queda das taxas de juros no mercado futuro, com apostas crescentes de corte da taxa Selic este ano, em virtude do ritmo fraco da economia. As quedas das taxas futuras colocaram em evidência a alta das ações dos setores financeiro e de varejo. A lógica na compra desses papéis é simples: juros menores, maior demanda por crédito e aumento do consumo interno.
Entre os papéis financeiros, destaque para Itaú Unibanco PN (+2,81%), Bradesco PN (+2,76%) e B3 ON (+2,97%). Entre as varejistas, as que se sobressaíram foram B2W ON (+6,57%), Magazine Luiza PN (+6,18%), Lojas Renner ON (+3,58%) e Via Varejo ON (+3,52%).
O analista Vitor Miziara, da Criteria Investimentos, afirma que a Bolsa vinha operando com desempenho fraco pela manhã, refletindo perspectivas mais pessimistas do mercado, com algumas revisões para o Ibovespa no final do ano. “A alta ganhou força depois da notícia de que Rodrigo Maia pediria ao relator da reforma que antecipasse seu parecer. Até então, o mercado não deu tanta importância ao pacto que o governo tenta alinhar”, afirmou.
Na avaliação de Miziara, na ausência de balanços financeiros, o mercado deve concentrar as atenções no noticiário em torno da reforma, único ponto capaz de trazer impulso novo à bolsa neste momento. “Da maneira como estamos, tudo já está mais ou menos precificado e o ‘risco X retorno’ não está tão favorável, tendo em vista o cenário de upside menor. A Bolsa precisa de drivers positivos para o mercado comprar mais risco”, disse.
Com o resultado desta terça, o Ibovespa zerou as perdas de maio, passando a contabilizar ganho de 0,04%. No dia 17, quando o índice chegou à sua menor pontuação do ano (89.992,73 pontos), a perda acumulada no mês era de 6,60%. Mantido o viés positivo até quinta-feira, o Ibovespa terá seu primeiro resultado positivo em maio nos últimos dez anos.
Autor: Paula Dias
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