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‘Cresce espaço no mercado para quem alia intuição e análise’, diz professor
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Herbert Kimura, professor titular do Departamento de Administração da Universidade de Brasília (UnB) falou sobre as exigências para o profissional de investimento em bolsa = profissão que pode ser ocupada por estudantes de Economia e Contabilidade.
O que vem mudando na operação na Bolsa de Valores?
Há pelo menos duas diferenças relevantes: a primeira é relacionada à forma de negociação e a outra diz respeito à matéria-prima para análise de investimentos. Em relação à forma de negociação, antes o pregão era feito viva voz – a gritaria entre operadores e a movimentação nas rodas de negociação das empresas davam o tom. Hoje é tudo tecnológico e exige rapidez de processamento de cálculos e de transmissão de transações. Já quando pensamos em análise de investimento a mudança envolve o acesso a muito mais dados para tomada de uma decisão. Em vez de valores diários ou defasados em alguns minutos, os investidores possuem acesso a dados praticamente em tempo real.
Quais habilidades e competências são esperadas do profissional nesse segmento?
Paradoxalmente, ao mesmo tempo em que a barreira de entrada para investidores amadores vem caindo, as exigências para o profissional de investimento em bolsa aumentaram. Hoje, ele não somente deve ter uma sensibilidade ou intuição na análise de mercado, como deve mostrar diferencial formal. Por exemplo, uma formação acadêmica que se reflita em competência na análise de dados de várias fontes e habilidade em métodos quantitativos é requisito fundamental. O profissional deve ainda treinar sua disciplina de investimento, evitando cair em armadilhas psicológicas que possam prejudicar suas estratégias.
A expectativa de aumento de investimentos com a aprovação da reforma da Previdência deve fazer crescer o interesse pelo curso e afetar o mercado?
O mercado financeiro sempre foi e continuará sendo um segmento de interesse de alunos altamente capacitados, a despeito de possíveis implicações da reforma. Historicamente, posições no mercado financeiro têm certo glamour, principalmente pelo alto potencial de ganho. Com o avanço tecnológico, cresce o espaço para quem consegue aliar intuição de negócio à análise quantitativa. Enquanto os empregos tradicionais do mercado financeiro tendem a diminuir – posições de atendente de caixa e gerente de conta, por exemplo, estão em extinção -, o uso de inteligência artificial em áreas como decisão de investimentos, aprovação de empréstimos, prevenção de fraudes ou direcionamento de estratégias de marketing pode revolucionar o mercado financeiro, criando vagas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Autor: Alex Gomes, especial para a AE
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