Geral
Área onde prédios desabaram é dominada por milícias, com construções irregulares
A comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio, onde dois prédios desabaram nesta sexta-feira, 12, é uma área sob o domínio de milícias – grupos paramilitares formados por PMs, militares, agentes penitenciários e civis, que exploram ilegalmente vários negócios. Um dos mais conhecidos seria o da construção irregular. A Prefeitura do Rio confirmou que os prédios que desabaram são irregulares e estavam interditados desde novembro de 2018.
Segundo a Prefeitura, por se tratar de área dominada por milícia, os técnicos da fiscalização municipal necessitam de apoio da Polícia Militar para realizar operações no local. Foi o que aconteceu em novembro de 2018, quando várias construções irregulares foram interditadas e embargadas pela administração municipal. “A região é uma Área de Proteção Ambiental (APA) e os prédios ali construídos não respeitam a legislação em vigor”, informou a Prefeitura, em nota.
Pelo menos duas pessoas morreram e três ficaram feridas no desabamento dos dois prédios. Os bombeiros trabalham nos escombros com uma lista de 17 nomes de pessoas que estariam desaparecidas.
O Corpo de Bombeiros isolou a área da tragédia porque outros prédios do entorno estariam em risco iminente de desmoronamento. A região foi uma das mais duramente atingidas pelo temporal que atingiu a cidade no início da semana. A Prefeitura decretou estado de calamidade.
Diversos órgãos municipais estão com equipes mobilizadas atuando no local. A Defesa Civil Municipal auxilia no socorro às vítimas com o Corpo de Bombeiros e apoio da Guarda Municipal e da CET-Rio, que orienta as interdições do trânsito nas ruas de entorno e na Estrada de Jacarepaguá para facilitar o resgate. A Secretaria Municipal de Saúde informa que os hospitais da região foram acionados para receber os feridos.
Autor: Roberta Jansen, Ana Paula Niederauer, Paula Félix e Jéssica Otoboni
Copyright © 2019 Estadão Conteúdo. Todos os direitos reservados.
Mais lidas
-
1ESCÂNDALO
Receita Federal multa Palmeira em R$19 milhões: auditores buscam no MP inelegibilidade e até 5 anos de prisão para Julio Cezar
-
2CINCO COOPERATIVAS ENVOLVIDAS
Presos na Operação Maligno do MP passam por audiência de custódia nesta sexta-feira
-
3PALMEIRA DOS ÍNDIOS
O "prefeito-imperador" sem coroa: as falhas políticas de Júlio Cezar e sua incapacidade de transferir votos
-
4DIFERENTE DO ASSUMIDO
Apelidado de 'pinto' pela mãe, filho de Monique Evans com o ‘homem mais bonito do Brasil’ leva vida discreta na Espanha; entenda
-
5OPERAÇÃO MALIGNO
Investigação de esquema que firmou contratos milionários vai focar nas prefeituras envolvidas