Política
Tragédia em Suzano acirra debate sobre a liberação do porte de armas
Durante a sessão plenária desta quarta-feira, 13, os deputados manifestaram votos de pesar e lamentaram o ataque ocorrido numa escola estadual, no município de Suzano-SP. Segundo informações das forças de segurança pública do Estado, dois jovens de 17 e 25 anos invadiram a Escola Estadual Raul Brasil e atiraram contra alunos e funcionários, deixando um saldo de 10 mortos e nove feridos. A tragédia ocorreu na manhã de ontem (13).
O primeiro a se posicionar sobre a tragédia foi o deputado Cabo Bebeto (PSL), que da tribuna da Casa repudiou o fato e voltou a defender a liberação do porte de armas para o cidadão. Na opinião do parlamentar, se a escola fosse militarizada ou tivesse uma guarda armada, o evento poderia ter sido evitado. “Certamente o ocorrido vai trazer à tona a questão do porte e da posse de arma no Brasil. Mas a gente não pode culpar um instrumento de defesa por conta de um algo isolado”, disse Bebeto, ressaltando a importância de as pessoas terem o direito de se defender.
Em aparte, os deputados Davi Maia (DEM), Marcelo Beltrão (MDB) e as deputadas Cibele Moura (PSDB) e Jó Pereira (MDB) também se manifestaram sobre o assunto. Todos se solidarizaram com as famílias das vítimas, considerando o fato como uma tragédia que comoveu não apenas o Estado de São Paulo, mas todo o Brasil. Cibele e Maia também se posicionaram favoráveis à posse e ao porte de armas para a defesa do cidadão. “Não são as armas que matam, mas as pessoas”, afirmou a deputada tucana. “Quero me solidarizar com as famílias vítimas desse grande massacre. Não podemos cair no discurso comum contra o armamento civil”, declarou Maia.
No sentindo contrário, Marcelo Beltrão e Jó Pereira são de opinião que o armamento não é solução para o combate à violência. “Será que se houvesse segurança armada o número de vítimas não seria maior?”, questionou Beltrão. Já a deputada Jó Pereira observou que “fatos como esses provocam reflexões necessárias. Vivenciamos momentos de polarização e as soluções precisam vir através do diálogo”
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