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A figura do Presidente da República
O presidente da República, Jair Bolsonaro, postou um vídeo em sua conta no “Twitter” nesta terça-feira (5/3), com conteúdo pornográfico. A cena mostra dois homens dançando sobre um ponto de táxi em um Bloco de Rua no carnaval paulistano. Um deles coloca o dedo no ânus e se abaixa para o outro parceiro fazer “xixi” nele. Posteriormente, a visualização do vídeo foi restringida, com alerta de conteúdo sensível, mas segue disponível na “Internet”. A conta do “Twitter” de Bolsonaro possui 3,45 milhões de seguidores no mundo. Afirmou o Presidente em sua “rede social”: “Não me sinto confortável em mostrar, mas temos que expor a verdade para a população ter conhecimento e sempre tomar suas prioridades. É isto que tem virado muitos Blocos de Rua no carnaval brasileiro. Comentem e tirem suas conclusões”. A cena polêmica foi gravada no desfile de Bloco, em São Paulo, na segunda-feira (4/3) e divulgada para todo o país.
Jair Bolsonaro, como todo cidadão brasileiro ficou indignado com a “cena” exibida na “Internet” e fez comentário em seu “Twitter”. Por alguns momentos, ele esqueceu que não é um simples cidadão do povo como eu e você. Ele é o Presidente da República, a maior autoridade pública do país, razão pela qual não pode sair por ai “protestando”, revoltando-se com baderneiros, desordeiros e anarquistas. Sua indignação não foi contra o Carnaval em si, como pretende insinuar seus adversários e inimigos políticos. Sua revolta foi contra a falta de respeito à família, a presença de promiscuidade (atos libertinos) nas ruas e avenidas, fazendo uso da desculpa do Carnaval para propagar o homossexualismo explicito. E tanto isso é verdade que o Presidente do Brasil ponderou: “… Comentem e tirem suas conclusões”. Aliás, os abusos sexuais e a violação aos direitos humanos estão a cada dia mais expostos na “Internet” e na Televisão.
Esse foi o grande erro de Jair Bolsonaro: não saber separar o Homem Comum (Capitão do Exército brasileiro) da sua condição extraordinária de Autoridade Pública (Presidente da República do Brasil). Por isso, como Presidente do Brasil ele é mais importante que os generais das forças armadas e mais notável que os ministros do Supremo Tribunal Federal. Como Presidente da República, ele acumula as funções de Chefe de Governo e de Chefe de Estado, além de exercer a direção superior da administração pública federal, com o auxilio dos seus Ministros de Estado, os quais nomeiam e exoneram, livremente, e por expedir decretos regulamentares para a fiel execução de determinadas leis; vetando total ou parcialmente projetos de lei; celebrando tratados, convenções e atos internacionais; decretando e executando a intervenção federal de Estados; exercendo o Comando Supremo das Forças Armadas; nomeando Ministros do Supremo Tribunal Federal; editando medidas provisórias com força de lei, tudo na conformidade da Constituição Federal, por isso não pode “sair” por aí “twitando” como qualquer homem simples do povo brasileiro, escrevendo ou protestando sobre coisas fúteis e rotineiras do dia a dia, flagrantes da vida real.
A nobreza da figura do Presidente da República é tão nobre e diferenciada que ele deve ser destacado em qualquer cerimônia que compareça e em qualquer lugar do território nacional, em razão das suas prerrogativas constitucionais que são inúmeras. Portanto, as questões mais complexas e desafiadoras como o endividamento financeiro dos Estados e dos Municípios; os riscos de desequilíbrio econômico; o controle das altas taxas de juros; a interferência nos conflitos políticos; à influência dos fatores externos dos países ricos contra as empresas nacionais; o controle na fiscalização e na prevenção dos desastres ecológicos provocados por grandes empresas nacionais e estrangeiras em solo brasileiro, motivados por interesses econômicos privados, em detrimento do interesse público e da segurança nacional, são algumas das atribuições e preocupações que deve ter o Presidente da República, durante o exercício do seu mandato no cargo mais relevante do país. Assim, as questões de “menor” gravidade que afetam a população como a anarquia, as exposições sexuais, os protestos radicais, não devem ser comentados por ele em suas redes sociais, porque seus Ministros, o Ministério Público e as polícias militares e civis possuem instrumentos para inibir, proibir e responsabilizar os desajustados e provocadores. Isso não é papel do Presidente da República, embora reconheça a sua revolta e indignação contra tais “provocações”, por ser pai de família, religioso exemplar e homem comum que construiu sua vida social e política, a partir dos 17 anos de idade, dentro dos critérios da ordem, da honestidade e da moralidade. Pensemos nisso! Por hoje é só.
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