Cidades
As oportunidades de investimento em Alagoas


Há algum tempo a agricultura canavieira não é mais a principal fonte de receita de Alagoas. Além do turismo, que vem crescendo a uma taxa superior a dois dígitos nos últimos três anos, uma nova economia vem chamando a atenção do Brasil: as startups alagoanas. Essas novas empresas estão localizadas, em sua maioria, no Sururu Valley (uma brincadeira relacionada ao Vale do Silício dos Estados Unidos), um ecossistema formado por empreendedores, investidores, empresas, universidades, governo e entidades como o Sebrae e a rede Anjos do Brasil para promover a inovação e estimular a criação de empresas de tecnologia.
São muitos os exemplos de startups alagoanas que se destacam. Um dos primeiros grandes destaques da região foi o aplicativo Hand Talk (Mãos que Falam), que levou a bandeira de Alagoas ao palco do prêmio WSA-Mobile em um concurso promovido pela ONU em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, em 2013. O aplicativo, que traduz texto, som e imagem para a linguagem de libras, ficou em 1º lugar na categoria Inclusão Social.
No ano passado, a Menu Price — startup alagoana que oferece um sistema de gestão e precificação de cardápios para ajudar bares e restaurantes e alcançarem o lucro desejado — obteve a primeira colocação no Demoday e também no Desafio Sebrae Like a Boss, realizado durante o Startup Summit, em Santa Catarina.
Ter uma plataforma robusta é fundamental
Estar na internet é requisito para ser considerada uma startup. Afinal, a própria definição de startup diz que essas empresas precisam ter um modelo de negócio repetível — ou seja, ser capaz de entregar o mesmo produto em escala ilimitada — e escalável — podendo crescer sem que isso impacte seu modelo de negócio. E isso só é conquistado com uma plataforma tecnológica robusta e eficiente.
O site da Trakto é um exemplo desse tipo de plataforma. A empresa — outra startup de Alagoas — oferece templates para redes sociais, impressos, propostas comerciais, eBooks, apresentações, entre outros, por meio de assinatura mensal. Seu banco de imagens dispõe de mais de 5 milhões de fotografias para todas as finalidades, o que demanda uma plataforma altamente estável.
Os cassinos online são outro exemplo de plataforma robusta. Na Betway Casino você pode fazer apostas esportivas, jogar uma infinidade de games ou mesmo sentir-se dentro de um cassino de verdade com os módulos de transmissão ao vivo. Além disso, a plataforma disponibiliza diversos meios de pagamento, facilitando a vida do usuário.
Quem também investe pesado em plataformas online são os bancos e as empresas de pagamento, como o Paypal. Nesses casos, agilidade é fundamental para garantir a cotação que o cliente precisa e segurança é prioridade máxima, pois ninguém quer ver seu dinheiro em mãos erradas.
As startups alagoanas estão seguindo o exemplo dessas grandes empresas e investindo em suas plataformas. A Stant, por exemplo, é outra que vem chamando a atenção do mercado. Seu aplicativo para controle de obras e desenvolvimento de relatórios automatizados — disponível para computador, tablet e celular — vem sendo adotado por construtoras do porte de Cyrela, Engemat, Zatz, entre outras.

Crédito piabay
Turismo e plástico também crescem no Estado
As políticas de incentivo fiscal implantadas pelo governo de Alagoas, como o Prodesin (Programa de Desenvolvimento Integrado do Estado), vêm contribuindo para criar essas novas empresas e também atrair novos investimentos. A expectativa é de que até o final de 2020 mais 35 empresas sejam instaladas na região, nos setores da indústria, serviços e hotelaria. No total, serão investidos mais de 1,5 bilhão de reais, com a geração de 3 mil vagas de emprego.
Entre os novos empreendimentos, há cinco empresas da cadeia produtiva da química e do plástico, uma economia já forte no Estado. Serão implantados também cinco centros de distribuição na região metropolitana de Maceió, tornando a capital alagoana um pólo de distribuição para o Nordeste.
Outra grande aquisição do Estado é a indústria chinesa de embalagens GsPak, que escolheu Alagoas para instalar sua nova fábrica, com investimento de 100 milhões de reais e criação de 400 postos de trabalho. A indústria pretende, a partir de Alagoas, exportar para toda a América do Sul.
O incentivo do Estado só vem acelerar o crescimento que já está acontecendo. Nos últimos três anos foram construídos 28 hotéis em Maceió, e mais 11 estão previstos para os próximos três anos. Isso significa um crescimento de 27,78% no número de quartos disponíveis na capital alagoana, que passará de 7.807 para 9.975 unidades.

Os números são resultado de uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) em Alagoas, em parceria com o Sebrae/AL. O estudo aponta também que 90% dos turistas que visitam a cidade avaliam de maneira positiva a sua estadia; 46% optam por hotéis; e 70% chegam a Maceió por avião. Maceió é também a capital do Nordeste com maior número de quartos adaptados a pessoas com problemas de mobilidade.
Uma mostra desse otimismo no Estado foi o anúncio dos resultados do Banco do Nordeste, em janeiro: a superintendência do banco em Alagoas definiu 2018 como o melhor ano da sua história, tendo concedido mais de 1,3 bilhão em financiamentos, somando todas as fontes —somente por meio do FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste) foram 870 milhões de reais.
E o incentivo não vai parar por aí! O Banco do Nordeste é responsável por 70% dos créditos a longo prazo em Alagoas, além de ter uma participação de 56,4% nos financiamentos do crédito rural. Para 2019, o FNE dispõe de 23 bilhões de reais em recursos para concessão de crédito.
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