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Ana Paula Vescovi é cotada para assumir presidência da Caixa

07/11/2018

O nome da secretária-executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, está sendo aventado para a presidência da Caixa Econômica Federal, segundo apurou o Broadcast.

Considerada linha dura, Vescovi é presidente do conselho de administração da Caixa, onde bateu de frente com o comando do banco para promover mudanças profundas nas vice-presidências e cargos de direção.

Apesar da nítida melhora na Caixa, ainda resta muita coisa a fazer para diminuir a influência política histórica no banco.

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, também é cotado para permanecer no governo, mas ainda não foi convidado formalmente, segundo fontes.

O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, tem conversado com muitas pessoas para formar a sua equipe e segundo interlocutores, está com o “pé no chão”, mas ainda não há decisão.

Na conversa de terça-feira de Guedes com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, não houve convite formal. A conversa girou sobre termas fiscais e da Fazenda e problemas que ainda preocupam a atual equipe econômica, como a agenda de reformas, principalmente a da Previdência.

O Ministério da Fazenda fez o Livro Branco da transição e a parte do Tesouro é um capítulo de 90 páginas. Em uma das seções, o Tesouro levantou vários riscos fiscais que precisam ser acompanhados e mudanças institucionais que podem ser importantes.

Mansueto deverá participar nesta quinta-feira de uma reunião de transição sobre a pauta fiscal. Paulo Guedes está conversando também com várias pessoas do governo para organizar melhor a transição e as reuniões da equipe.

Guedes delineou na reunião com Guardia um plano de voo com ideias ousadas, mas consideradas positivas pela Fazenda. O futuro ministro tem o foco de manter o teto de gastos e fazer o ajuste fiscal pelo lado da despesa, o que exigirá aprovação da reforma da Previdência.

As mudanças institucionais com a junção dos ministérios da Indústria, Fazenda e Planejamento foram temas da reunião. A aposta é que trazer MDIC para a área de economia pode facilitar a coordenação da agenda macroeconômica com a agenda micro e de maior integração comercial. Nesse caso, o ganho maior aqui não é redução de custo, mas sim maior organicidade e melhor coordenação.

No governo, por exemplo, gastou-se muito tempo para reduzir conteúdo local e algumas batalhas foram perdidas com o MDIC devido esse descasamento entre a área econômica e a sua pauta setorial. Isso agora deve diminuir porque, ao final, o ministro da Economia vai tomar a decisão.

Autor: Adriana Fernandes
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