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Agosto- Uma imposição de Augusto César
Encerra-se o mês de AGOSTO, mas fica em mim uma vontade contida de explorar a origem deste nome, que nasceu de uma exigência do Imperador Augusto César (Caio Otaviano), sobrinho-neto do Líder Romano Júlio César, assassinado em 44 a. C. Caio Otaviano, também conhecido como Otávio ou Otaviano durante sua juventude, por ter sido criado na casa de Júlio César, foi feito herdeiro em testamento. Em 27 a. C., este jovem passaria para a história como “AUGUSTO”, o primeiro Imperador Romano, adotando o título de César e reivindicando para si o legado político do seu tio-avô. Sua ascensão ao Poder do Império Romano se deu após o assassinato de Júlio César, quando foi formado o “Segundo Triunvirato”, integrado pelos generais Otávio (Caio Otaviano), Marco Antônio e Lépido. Mas as ambições dos membros do governo dividem o poder da República Romana. Os conflitos entre Caio Otaviano e Marco Aurélio afasta Lépido, que se torna desposado e exilado, enquanto Marco Antônio se suicida depois da sua derrota na Batalha de Áccio em 31 a. C. após longa perseguição de Otávio.
Com seus pares afastados do poder, Otaviano ficou sozinho para governar Roma. E em 27 a. C., Caio Otaviano aceitou o título de “AUGUSTO” (que pode ser traduzido como “o mais ilustre”. Naquele ano, diz à historiografia que se dá início ao Império Romano. Porém, ele usa a mudança de nome para marcar uma nova era como uma autoridade moral e religiosa.
Até o Ditador Júlio César (100 a. C.- 44 a. C.) reformar o calendário romano, os meses eram lunares (sincronizados com o movimento da lua, como hoje acontece em países muçulmanos), mas as festas em homenagem aos deuses permaneciam designadas pelas estações do ano. Com a ajuda de matemáticos do Egito, Júlio César acabou com dessa confusão e estabeleceu o calendário solar: Januarius (Janeiro), Februarius (Fevereiro), Martius (Março), Aprilis (Abril), Maius (Maio), Junius (Junho), Quinctilis (Julho) , Sextilis (Agosto), September (Setembro), October (Outubro), November (Novembro) e December Dezembro). Quase igual ao nosso calendário Gregoriano (criador pelo Papa Gregório XIII), com as diferenças de que Quintilis e Sextilis deram origem aos meses de julho, em homenagem ao Líder Júlio Cézar, e agosto, por uma imposição do primeiro Imperador Romano, o Calendário Juliano sobreviveu até o ano de 1582. O Imperador César Augusto, que viveu de 63 a. C até 14 d. C, governou de forma firme e competente o Império Romano. Sob seu comando a cidade de Roma se firmou como um poderoso império e teve enorme crescimento cultural e comercial. As artes se desenvolveram, construíram-se estradas, aquedutos, coliseus e grandes residências e prédios públicos. Dizem que Augusto César herdou uma Roma de tijolos e deixou uma Roma de mármore.
Entretanto, o filho adotivo de Augusto César, conhecido como Tibério César (Tiberius Claudius Nero Caesar) que reinou entre 14 d. C. e 37 d. C, foi o imperador mais cruel e sanguinário. Com a morte do seu padrasto Augusto César, Tibério permite que o Senado o aponte como Imperador, com o nome de Tibério César Augusto. Pouco depois, as legiões do Reino se rebelam, preferindo o seu comandante, (e sobrinho de Tibério), Germânico, como sucessor. A rebelião foi combatida pelo próprio aclamado, que não pretendia roubar o trono ao tio. No entanto, Tibério passou a evitar o sobrinho e, quando este morreu em circunstâncias estranhas, em 19 d. C, o imperador torna-se um dos principais suspeitos, surgindo daí a sua gradual impopularidade.
Tibério viveu até março de 37 d. C, e, assim, foi imperador durante todo o período do ministério de Jesus Cristo. Curiosamente, era a imagem de Tibério que constava na cara da moeda do tributo que foi trazida a Jesus quando ele disse: “Dai de volta a César as coisas de César”. Tibério ampliou a lei de laesa majestas (lesa-majestade) de modo a incluir, além de atos sediciosos, execuções e suicídios, simples palavras injuriosas contra o imperador, e, presumivelmente, respaldados nesta lei, os judeus pressionaram Pôncio Pilatos a mandar matar Jesus. Tibério chamou Pilatos a Roma, devido a queixas dos judeus contra a administração dele, mas Tibério morreu de causas naturais e Calígula, seu sobrinho-neto, o sucedeu antes de Pilatos chegar ao poder, em 37 d. C. Pensemos nisso! Por hoje é só.
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