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Bolsas da Europa recuam de olho na Turquia e monitoram Itália e indicadores
Apesar do recuo nas preocupações com a crise na Turquia nos mercados globais, mesmo em meio ao risco de contágio para outras economias emergentes, a maioria dos mercados acionários da Europa registrou queda nesta terça-feira, 14, ainda reagindo à alta exposição de bancos europeus ao país euro-asiático e a indicadores da economia da zona do euro. Nesse cenário, o índice Stoxx-600 fechou estável, aos 384,92 pontos.
A lira turca reduziu as perdas acumuladas na última semana em relação ao dólar, ao passo que as preocupações com a instabilidade financeira na Turquia diminuíram. Ainda assim, especialistas alertam para a necessidade de alterações na política econômica. “A lira permanecerá vulnerável no curto prazo devido à aversão do presidente Recep Tayyip Erdogan ao aperto monetário, bem como o risco de mais sanções dos Estados Unidos”, avaliam especialistas da Continuum Economics.
Novas penalidades à Turquia preocupam à medida que as negociações pela libertação do pastor americano Andrew Brunson continuam, mas sem sucesso. Principal diplomata dos EUA em solo turco, Jeffrey Hovelier pediu nsta terça que os casos contra Brunson e outros americanos detidos sejam resolvidos “sem demora” e de “maneira justa e transparente”.
Ao mesmo tempo, agentes acompanharam a divulgação de diversos indicadores da zona do euro, entre eles a revisão para cima do Produto Interno Bruto (PIB) do bloco do segundo trimestre e a produção industrial da região, que caiu 0,7% em junho ante maio, recuo mais acentuado do que a previsão de queda de 0,4%.
Em solo germânico, a primeira leitura do PIB da Alemanha do período entre abril e junho veio pouco abaixo da previsão anual, enquanto na comparação trimestral mostrou avanço acima da expectativa. A inflação no país referente ao mês de julho, por sua vez, veio em linha com a projeção. O índice DAX, da bolsa de Frankfurt, fechou estável o dia de negociações, aos 12.358,87 pontos.
Já no Reino Unido, o índice FTSE 100, da bolsa de Londres, recuou 0,40%, para 7.611,64 pontos, também em meio à divulgação da taxa de desemprego no trimestre até junho, que atingiu o menor nível desde 1975, ao cair para 4,0%, enquanto os salários avançaram 2,7% na comparação anual do mesmo período. O resultado fez com que o juro do Gilt britânico de dez anos subisse e chegasse a 1,266% em meio a expectativas quanto aos próximos passos do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).
Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 caiu 0,16%, aos 5.403,41 pontos, enquanto o Ibex 35, de Madri, recuou 0,25%, para 9.507,00 pontos. Em Portugal, o índice PSI 20, da bolsa de Lisboa, registrou queda de 0,59%, aos 5.504,50 pontos.
A cautela com o cenário político na Itália também segue pressionando os mercados, na expectativa pela discussão orçamentária e temores sobre a sustentabilidade das contas do país. Na bolsa de Milão, o índice FTSE MIB fechou o pregão com perda de 0,30%, aos 20.906,35 pontos.
Autor: Monique Heemann
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