Política
Políticos alagoanos gastaram “milhões” com propaganda impressa em 2014
É comum encontrarmos, durante as eleições, um grande número de papel impresso utilizado como propaganda pelos candidatos. O que muitas pessoas não sabem é que além de ter um alto custo, esse papel agride ao meio ambiente. Em 2012, por exemplo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fez as contas e percebeu que mais de R$ 300 milhões haviam sido gastos só com papel e publicidade em jornais e revistas durante as eleições.
Com esse papel usado, daria para fazer 20 milhões de livros, segundo o TSE. Em Alagoas, a situação não é diferente. Dados do Portal da Transparência mostram que nas eleições de 2014, candidatos gastaram milhões com publicidade impressa.
Ainda conforme o Portal, políticos como Maurício Quintella, Pedro Vilela e Ronaldo Lessa, lideraram os gastos com papel. Maurício Quintella, por exemplo, gastou R$ 2.281.353,44; Já Pedro Vilela, aparece em segundo lugar com R$ 1.897.203,51 e por fim, Ronaldo Lessa com R$ 1.828.213,44. A média por candidato é de R$ 1.316.697,06.
A candidata à deputada federal, Maria Tavares [partido novo], pretende gastar um valor muito abaixo dos valores comumente gastos por tais candidatos. Sua pretensão orçamentária é de aproximadamente R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).
A candidata afirma que é possível através do uso das redes sociais e com certa criatividade atingir um grande número de pessoas sem gastar milhões do dinheiro público ou privado. “As manifestações de rua dos anos de 2014/2015 foram provas disso, quando milhões de pessoas foram às ruas apenas convocadas pelas redes sociais”, disse Tavares.
Maria ressaltou que pretende fazer uma campanha limpa este ano, sem a utilização de recursos públicos. “Após a campanha eleitoral, a propaganda que é impressa é jogada no lixo ou nas ruas, o que sabemos que é uma realidade que nunca mudou. São coletadas várias toneladas de lixo, após o período eleitoral, que prejudicam o meio ambiente”, comentou.
Para a candidata, existem outros meios para que esse gasto com propaganda impressa seja evitada. “Podemos utilizar material reciclável, as redes sociais para divulgar nossos trabalhos e ações, a TV… mas, gastar milhões com material impresso que depois vai parar no lixo é algo que não pretendo fazer. Luto por uma campanha limpa e sabemos que para que haja conscientização da sociedade precisamos falar sobre o assunto”, finalizou Maria.
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