Política
Divulgação de pesquisa velha incendeia disputa em Alagoas
A pesquisa realizada pelo IBRAPE antes das definições partidárias e divulgada 18 dias depois – na sexta (10) por um jornalão da capital – não pode influir no pleito que apenas se inicia, porque está defasada.
No momento da pesquisa (18 a 22 de julho) o governador Renan Filho (MDB) voava rumo à reeleição em razão de não ter candidato de oposição à altura. A oposição não apontava o nome certeiro (talvez por estratégia) embora já se especulasse na própria pesquisa o nome de Fernando Collor (PTC).
A essa altura o senador alagoano articulava os partidos que lhe dariam apoio na eleição estadual, já que sua pretensão de disputar novamente a presidência da República tinha dado errado. Numa campanha de 45 dias, o tempo de rádio e TV são importantíssimos e o PTC sozinho não lhe daria o suporte necessário para disputar uma eleição majoritária. A aliança era fundamental para qualquer disputa majoritária e só após isso poderia haver uma decisão.
Com o PSDB e o PP coligados (mesmo que tenham defecções no campo proporcional), Fernando Collor saiu fortalecido para tentar emparelhar com Renan Filho – que sem dúvidas no momento deve estar na frente, pois, no exercício do mandato, teve que partir primeiro e já demonstrou que buscaria a reeleição há algum tempo.
Mas Collor vem rompendo a passos largos e tentando encurtar a distância, já que em seu palanque fechou com as duas maiores cidades de Alagoas, Maceió com Rui Palmeira e seu presidente da Câmara Kelmann Freitas e 11 vereadores sob sua liderança.
No Agreste, especialmente em Arapiraca, Collor tem Célia Rocha (PTC) e Rogério Teófilo (PSDB), as lideranças que realmente tem voto na cidade com apoio da maioria esmagadora de vereadores.
Do lado governista, na capital, Renan Filho conta com suas ações à frente do governo especialmente nas grotas e apoio de deputados como Galba Novaes (MDB) e Cícero Almeida (PHS), entre outros com atuação discreta na capital. Já em Arapiraca, o governador tem apoio de seu vice Luciano Barbosa (MDB), político ungido por Célia Rocha que é a ponte de apoio dos Calheiros na segunda maior cidade de Alagoas. Mas Barbosa tem apoio somente de três vereadores e muitos duvidam da sua capacidade aglutinadora de votos.
Dando esses exemplos que se multiplicam após a “surpresa Collor” em vários outros municípios do Estado – denota-se que muita água passará por baixo da ponte da eleição alagoana – que está indefinida contrariando o veículo de comunicação que não pode deliberadamente levar o eleitor a erro, induzindo-o através de pesquisas antigas.
Por isso a coligação de Collor prontamente rechaçou a pesquisa divulgada pelo jornalão da capital – que infelizmente caiu no ridículo de servir “café gelado” ao eleitor alagoano.
A nota da Coligação de Collor ainda chama de “crime contra a sociedade” e “fraude jornalística”, a divulgação do conteúdo velho. E informa que a coligação está tomando as medidas cabíveis.
“Tal fato lamentável ocorre após o TSE ter feito apelo a todos para combater notícia capciosa. A campanha virtual cairá logo na real, porque a verdade vai prevalecer”, diz o texto publicado nas redes sociais de Collor.
Suspensão da divulgação
A pesquisa registrada sob o protocolo AL-09280/2018 deveria ter sido publicada em 24 de julho, após ouvir 2 mil pessoas. Mas em 26 de julho, a imprensa revelou que a pesquisa havia sido suspensa, motivada pela especulação de que Collor e o ex-governador Teotonio Vilela (PSDB) poderiam entrar na disputa pelo governo. Esse fato foi relatado pela direção do instituto de pesquisas à imprensa.
“Vimos que ainda havia muitas indefinições no quadro de candidaturas em Alagoas, por isso, decidimos suspender a pesquisa, para registrar uma outra somente depois das convenções eleitorais”, explicou Francivaldo Diniz, dono do Instituto.
Nova pesquisa
Na sexta (10) o IBRAPE registrou outra pesquisa, na Justiça Eleitoral. E sua explicação foi de que a publicação, não a pesquisa em si, tinha sido suspensa. Mas houve um recuo no entendimento de suspender e foi divulgada nesta semana.
Fantasma de 90
A candidatura de Collor (PTC) realmente surpreendeu o meio político alagoano que já dava como favas contadas a reeleição de Renan Filho (MDB).
Para o bem da democracia a disputa está reacendida e o jogo não será mais por WO, mesmo que especialistas afiancem que o atual governador esteja montado em seu cavalo vários passos à frente de Collor.
Mas Collor que já derrotou os Calheiros em 1990 está com o laço firme e o braço forte. Todo cuidado agora é pouco!
Leia na íntegra a nota da Coligação de Collor sobre a fake News
Repulsa à “fake news”
O jornal Tribuna Independente acaba de produzir a primeira grande “fake news” da história das eleições de 2018 em Alagoas. Atendendo a interesse estranho ao jornalismo, divulga, em manchete de primeira, que o candidato do Palácio é o líder isolado nas pesquisas. A tal pesquisa é café gelado, vem de 18 de julho do mês que passou, quando Collor nem sequer havia sido lançado.
O texto do jornal é desonesto com seus leitores e ainda comete um crime contra a sociedade, ao divulgar conteúdo velho como sendo algo novo, jornalisticamente. A coligação Alagoas com o povo registra sua repulsa contra essa modalidade de fraude jornalística, que tenta induzir à opinião pública para uma realidade virtual.
A Coligação informa ainda que está tomando as medidas cabíveis. Tal fato lamentável ocorre após o TSE ter feito apelo a todos para combater notícia capciosa. A campanha virtual cairá logo na real, porque a verdade vai prevalecer.
* Matéria reproduzida do Jornal Impresso Tribuna do Sertão, edição 1057 que circula esta semana
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