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Exterior traz alívio, juros curtos zeram alta e fecham estáveis e longos caem
Os juros futuros nos contratos de curto e médio prazos fecharam a sessão regular desta quinta-feira, 19, perto da estabilidade e os longo, em baixa. Os vencimentos até janeiro de 2021 passaram o dia em alta moderada, mas zeraram o avanço na última hora de negócios, batendo mínimas, enquanto os longos ampliaram a queda já mostrada desde a primeira etapa. O alívio, segundo fontes nas mesas de renda fixa, veio do exterior, onde o dólar se enfraqueceu após declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que não está feliz com o aperto na política monetária conduzida pelo Federal Reserve.
Aqui, o dólar também bateu mínima (R$ 3,8535) e contribuiu para a melhora na curva. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou na mínima, em 8,13%, de 8,15% no ajuste de quarta, e o DI para janeiro de 2021 projetava taxa de 9,17%, de 9,16% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2019 passou de 6,743% para 6,735%, e a do DI para janeiro de 2023, de 10,59% para 10,54%. A taxa do DI para janeiro de 2025 caiu de 11,24% para 11,17%.
“Eu não concordo com as altas de juros. Não estou empolgado porque nossa economia está acelerando, e, toda vez que nossa economia acelera, o Fed quer elevar os juros novamente. Eu não estou feliz com isso”, declarou Trump, em entrevista à CNBC. Ao se referir ao presidente do Fed, Jerome Powell, Trump disse que colocou um “homem muito bom” no comando do banco central, embora não concorde com as elevações nas taxas de juros. Depois, em nota enviada à rede americana, a Casa Branca afirmou que Trump não deseja interferir nas decisões do Federal Reserve.
Para o diretor executivo de economia e finanças do MUFG Union Bank, Christopher Rupkey, o comentário pode fazer com que o ritmo de aperto monetário seja “menos gradual”, encerrando antes do previsto o ciclo de elevação de juros.
Internamente, alguns profissionais citam um certo conforto com a sinalização vinda do DEM de que há chance maior de apoiar Geraldo Alckmin (PSDB) do que Ciro Gomes (PDT) na corrida presidencial. “A possibilidade de o Centrão se afastar do Ciro e se aproximar Alckmin tem sido bem recebida”, afirmou o trader da Quantitas Asset Matheus Gallina.
O deputado federal Rodrigo Garcia (DEM-SP) afirmou nesta quinta-feira ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que as conversas do Centrão estão caminhando melhor na direção de uma aliança com o pré-candidato do PSDB. “Não tem como juntar”, resumiu Garcia, que será oficializado nesta sexta-feira como o vice na chapa do ex-prefeito João Doria (PSDB) na disputa pelo governo de São Paulo.
Às 16h24, o dólar à vista subia 0,44%, aos R$ 3,8614, e o Ibovespa recuava 1,26%, aos 76.385,50 pontos.
Autor: Denise Abarca
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