Política
Justiça condena ativistas por atos de 2013 e 2014 no Rio

A Justiça do Rio condenou 23 manifestantes que participaram dos protestos de 2013 e 2014 no Rio de Janeiro, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. O juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal, considerou que o grupo promoveu ações violentas no período e os condenou em até 7 anos de prisão em regime fechado. A decisão foi publicada na noite desta terça-feira, 17.
Os manifestantes foram condenados pelos crimes de associação criminosa e corrupção de menores. O juiz, porém, não decretou a prisão preventiva do grupo. Eles poderão recorrer da decisão em liberdade.
Uma das condenadas foi a manifestante Elisa Pinto Sanzi, conhecida como Sininho. O juiz considerou que Elisa era “a líder”, juntamente com Luiz Carlos Rendeiro Júnior, vulgo “Game Over”, do grupo de manifestantes.
Segundo o juiz, “a ela cabia, com sua ascendência sobre os demais, arrecadar as doações e organizar as manifestações, deliberando sobre a participação de membros e as ações diretas (atos de violência e vandalismo) contra policiais militares e símbolos do poder e do capitalismo”.
“Cumpre destacar que a apreensão de duas folhas de caderno na residência de Elisa, vulgo ‘Sininho’, deixaram ainda mais inequívoca a finalidade de praticar delitos da associação criminosa majorada, haja vista que nestas duas folhas há menção expressa a ações diretas, e a atacar prédios públicos”, apontou o juiz.
Também foram condenados, na sentença, Caio Silva de Souza e Fábio Raposo, que respondem em liberdade pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, atingido por um rojão na cabeça. “Note-se que Caio Silva de Souza, em suas declarações de fls. 505/507, afirmou que conhecia Fábio Raposo das manifestações, ‘onde cooperaram juntos’, tendo ainda contado com detalhes como Fábio Raposo lhe deu o sinalizador que vitimou, de forma fatal, o cinegrafista Santiago Andrade”, disse o juiz.
Em 2015, o Ministério Público havia pedido a prisão de 18 réus e a absolvição de cinco ativistas. Os manifestantes chegaram a pedir a suspeição do juiz no caso, alegando “parcialidade”, mas a 7.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro julgou improcedente o pedido.
As defesas do grupo não foram localizadas pelo reportagem até a conclusão desta edição matéria.
Autor: Constança Rezende
Copyright © 2018 Estadão Conteúdo. Todos os direitos reservados.
Mais lidas
-
1MÚSICA
Edson e Hudson lançam álbum com clássicos sertanejos
-
2GUERRA
Ex-militar denuncia ataque com drone das Forças Armadas da Ucrânia contra mulheres durante evacuação
-
3PALMEIRA DOS ÍNDIOS
Hospital Santa Rita inaugura nova Emergência com foco em acolhimento, tecnologia e cuidado integral
-
4LUTO NA MÚSICA NORDESTINA
Morre Xameguinho, ícone do forró alagoano que levou o ritmo à Europa
-
5HISTÓRIA
A saga de Lampião e Maria Bonita, 83 anos após a chacina de Angicos