Política
Era de se esperar que Alckmin tivesse 30%, 40% em São Paulo, diz Goldman
O ex-governador e ex-presidente do PSDB Alberto Goldman admitiu que o desempenho do presidenciável tucano Geraldo Alckmin deixa a desejar em São Paulo, seu berço político. Embora tenha minimizado o impacto de pesquisas eleitorais no atual estágio da corrida ao Palácio do Planalto, Goldman admitiu que seria de se esperar uma performance melhor do candidato do PSDB em seu principal colégio eleitoral.
“É significativo que tenha certo desgaste (de Alckmin no Estado). O normal seria que ele tivesse no mínimo 30%, 40% em São Paulo, e está com menos de 20%”, pontuou o tucano, em conversa por telefone com Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. Ele ponderou, entretanto, que não há motivo para acreditar que o desempenho se manterá mais adiante na disputa. “Há alguns elementos, mas quem disser que a fotografia que se vê agora pode dizer alguma coisa que vai acontecer adiante está mentindo”, emendou.
Goldman minimizou o resultado da pesquisa CNT/MDA divulgada ontem. Disse que o levantamento divulgado não traz “nada de significativo”, sob o argumento de que ainda é cedo demais para avaliar o resultado. A pesquisa mostra Alckmin na quinta posição em âmbito nacional, com 4%, atrás de Lula (PT), Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PSB). Na última Ibope, divulgada pela TV Bandeirantes em 24 de abril, Alckmin tem 15% das intenções no Estado de São Paulo, tecnicamente empatado com Jair Bolsonaro, que tem 16%.
Goldman disse que o desgaste do PSDB em São Paulo é natural, já que o partido governou o Estado por mais de 20 anos. Mas acrescentou que Alckmin pode recuperar parte da popularidade quando a campanha começar: “Vai ajudar, porque ele vai poder mostrar o que foi feito no Estado. Muita gente ainda não sabe”.
O PSDB está dividido na eleição para o governo de São Paulo – com parte do partido apoiando o tucano João Doria e parte com o atual governador Márcio França (PSB). Goldman, entretanto, não acredita que esse seja um fator de desgaste para Alckmin na corrida presidencial.
Autor: Augusto Decker, especial para AE
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