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Bolsa renova máximas ajudada por NY, Petrobras e Vale

11/05/2018
Bolsa renova máximas ajudada por NY, Petrobras e Vale

Após abertura volátil, o Ibovespa operava nas máximas, se firmando nos 86 mil pontos, na esteira da abertura positiva de seus pares em Nova York. Contribuem também para o movimento a aceleração do ritmo de alta das ações da Petrobras 2,57% (ON) e 1,83% (PN) e da Vale ON (2,825).

Segundo um operador, o movimento da Petrobras está surpreendendo nesta sexta-feira, 11, uma vez que a expectativa era de uma realização após forte valorização nos últimos dias. Entre as blue chips, o setor financeiro limita a alta do índice à vista, e apenas Banco do Brasil sobe (0,97%) após teleconferência com analistas.

Na avaliação de Álvaro Bandeira, economista-chefe da ModalMais, algumas ações como as da Petrobras, que subiram 12% (ON) e 17% (PN) só neste mês de maio, por exemplo, teriam espaço para recuar.

Colabora com essa percepção o fato de os contratos futuro de petróleo operarem em leve baixa depois de renovarem máximas em três anos e meio na sessão anterior. Às 11h26, o barril do Brent para julho tinha queda de 0,36% na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 77,19, enquanto o do WTI para junho caía 0,35% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 71,09. Ainda com relação ao movimento de commodities, o minério de ferro subiu por mais um dia (0,88%) no porto de Qingdao, na China.

Do ponto de vista externo, ressalta Bandeira, os investidores seguem atentos aos desdobramentos da recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar Washington do acordo nuclear com o Irã e restabelecer sanções à indústria petrolífera iraniana. Lá fora, os índices das bolsas nos Estados Unidos operavam no positivo, com o Dow Jones em alta de 0,41%.

Por aqui, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que as vendas do comércio varejista subiram 0,3% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, resultado este que coincidiu com a mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast (intervalo de -0,50% a +1,50%) Na comparação com março de 2017, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 6,5%.

“Sem surpresas, pois veio de acordo com o que o mercado estava prevendo”, disse o economista.

Autor: Simone Cavalcanti
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