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Opositor do Paraguai promete revisar contratos de energia com Brasil e Argentina
O candidato presidencial opositor Efraín Alegre assegurou nesta terça-feira que, caso vença a disputa, revisará os contratos de cessão de eletricidade para Argentina e Brasil. Os acordos com os dois países foram firmados em 1973, antes da construção das hidrelétricas Yacyretá, com a Argentina, e Itaipu, com o Brasil. O convênio vigente até 2023 estabelece que a eletricidade não utilizada pelo Paraguai deve ser cedida aos vizinhos, em troca de uma compensação.
O Brasil envia ao Paraguai cerca de US$ 340 milhões por ano pela energia, enquanto a Argentina paga em média US$ 120 milhões anualmente pela eletricidade não usada pelos paraguaios. “Este modelo de crescimento é empobrecedor porque não é equitativo”, afirmou Alegre, da opositora Alianza Ganar, em entrevista coletiva. Alegre disse que, ao chegar ao governo, a eletricidade gerara em Yacyretá e Itaipu “ficará aqui”.
“Até hoje, nossa energia desenvolve nossos vizinhos. Não me importa o que digam argentinos e brasileiros, me importa o que digam os paraguaios”, afirmou Alegre. Ele acrescentou que Brasil e Argentina “não precisam de muita ajuda, eles sabem se defender”, após divulgar a proposta de reduzir a tarifa elétrica para indústrias que gerem emprego no Paraguai.
Alegre enfrenta nas urnas o governista Mario Abdo Benítez, do Partido Colorado, favorito nas pesquisas.
O encerramento da campanha ocorrerá entre a quarta-feira e a quinta-feira. Podem votar 4,2 milhões de paraguaios, para eleger o presidente e seu vice, 45 senadores, 80 deputados, 18 legisladores do Parlasul e 17 governadores departamentais para um mandato de cinco anos. Ex-presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, chefe da missão de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA), disse que o clima é tranquilo, mas garantiu que eventuais reclamações dos partidos serão ouvidas e avaliadas pela entidade. Fonte: Associated Press.
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