Geral
Principal repressor da ditadura argentina morre aos 90 anos
Por Alicia Rinaldi – Luciano Benjamín Menéndez, com recorde mundial de condenações por cometer crimes contra a humanidade, morreu nesta quarta-feira (28) aos 90 anos, em um hospital militar em Córdoba, no centro da Argentina.
O repressivo estava sob prisão domiciliar quando foi hospitalizado por causa de um problema cardíaco, enquanto aguardava dois julgamentos em que foi acusado de crimes cometidos durante a ditadura (1976 – 1983).
Condenado por desaparecimentos, assassinatos, tortura, estupro e roubos de bebês, Menêndez ficou conhecido como um ideólogo do “pacto de sangue”. Conforme exigido pelas organizações de direitos humanos, a justiça indiciou ele em cerca de 800 casos pelos vários crimes cometidos. Na província de Córdoba, se encontrava o centro de detenção clandestino La Perla, onde 2.500 detidos passaram. Segundo testemunhos de alguns sobreviventes, Menéndez viu execuções, interrogatórios e sessões de tortura. No ano de 1990, foi beneficiado pela lei de Pardon durante a presidência de Carlos Menem (1900-2000).
Mas a declaração de inconstitucionalidade da graça pela Suprema Corte, em 2005, abriu a porta para a primeira sentença perpétua, em 2008, por crimes contra a humanidade e por atirar em quatro ativistas do Partido Revolucionário de Trabalhadores (PRT) detidos em La Perla. Menéndez recebeu a sua última prisão perpétua em 2016, em San Luis, por 29 atos de privação de liberdade abusiva e agravada, e 11 homicídios qualificados.
Mais lidas
-
1MÁ ADMINISTRAÇÃO
João Campos e JHC, prefeitos tiktokers recorrem a empréstimos milionários para cobrir rombo de gestões
-
2CRONICA ESPORTIVA DE ALAGOAS EM LUTO
Morre, de infarto fulminante, o radialista e Bacharel em Direito palmeirense, Arivaldo Maia
-
3ATO LIBIDINOSO
Segundo a Polícia Civil, homem flagrado fazendo sexo na praia de Ponta Verde é policial judiciário do Ceará
-
4COMUNICAÇÃO
Com emoção, o palmeirense Arivaldo Maia se despede do rádio alagoano
-
5PREDADORES DO PODER
Como dinastias políticas transformam municípios alagoanos em presas de seus interesses