Política
Movimentos querem conversar com Huck, ‘candidato ou não’
O caldeirão de movimentos pró-renovação política quer propor um debate com o apresentador Luciano Huck nos próximos dias.
Um texto que faz as vezes de convite -e que circulava nesta quarta-feira (14) entre membros desses grupos da sociedade civil- diz que, “seja candidato ou não, Luciano será uma peça importante no debate sobre a renovação da política nacional”.
Embora negue que esteja cogitando concorrer ao Palácio do Planalto, o apresentador da Globo voltou ao foco das especulações nos últimos dias com uma forcinha de Fernando Henrique Cardoso.
O ex-presidente disse que ter uma candidatura como a de Huck seria bom para balançar o sistema e “pôr os partidos em xeque”. FHC afirmou ainda que o comunicador possui o estilo de seu partido, o PSDB (que hoje tem como pré-candidato o governador Geraldo Alckmin).
A iniciativa de chamar o animador e empresário envolve as principais organizações que erguem a bandeira da oxigenação, como o Agora! e o RenovaBR, grupos que têm Huck como integrante e também garoto-propaganda.
Em novembro, quando o apresentador afirmou, em artigo na Folha de S.Paulo, que não seria candidato, ele declarou que atuaria na política por meio de entidades cívicas como as duas, que estão engajadas no apoio a candidaturas de novos nomes para o Congresso.
Também aparecem entre os movimentos dispostos a participar da conversa: Brasil 21, Vem pra Rua, Frente Favela Brasil, Livres, Ranking dos Políticos, Transparência Partidária e Convergência. Eles são descritos no convite como “uma resposta contundente” à “falta de iniciativa do brasileiro”.
A assessoria de Huck diz que “a data ainda não está marcada” e que, se ele for convidado para a reunião, estará presente. “Como ele já afirmou, os movimentos cívicos são parte fundamental no processo de renovação política. E contribuirá como puder para fortalecê-los.”
EMBARQUE
Há entre parte dos movimentos a preocupação de que o encontro não soe como apoio explícito à eventual candidatura. Lideranças disseram à reportagem estar mais interessadas em um diálogo sobre agenda para o país.
Elas justificam a cautela tanto pela indefinição do quadro quanto pelo fato de que têm como foco o Legislativo e não pretendem tomar partido na corrida presidencial.
O texto que propõe a reunião diz que “não significa um apoio dos grupos, e sim um convite para um debate democrático e transparente sobre o Brasil e seus desafios”.
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