Política
No Senado, Renan volta a criticar exibicionismo de procuradores da Lava Jato
Em discurso no plenário do Senado nesta quarta-feira, 29, o senador Renan Calheiros fez críticas ao exibicionismo que continua sendo feito por procuradores que integram a força tarefa da Operação Lava Jato. Renan criticou principalmente o procurador Deltan Dallagnol – aquele mesmo responsável pelo espetáculo do power point contra o ex-presidente Lula – que através de uma publicação no Twitter afirmou que ‘2018 seria a batalha final da Lava Jato’.
Pelo Twitter, Renan Calheiros criticou. “A declaração de que ‘a batalha final será em 2018’ confirma que muitas investigações são políticas, sem provas, com delações encomendadas e objetivos pré-determinados. Daí os arquivamentos”. O procurador rebateu: “Está errado, senador. A declaração de que 2018 é a batalha final da #LavaJato confirma que lideranças políticas corruptas são incapazes de fazer reformas anticorrupção, que precisam perder foro para ser responsabilizados e que continuam a ameaçar a Lava Jato”.
Na tréplica, ainda no Twitter, Renan respondeu: “Está errado, procurador! Já temos uma legislação avançada contra a corrupção, tiramos o Ministério Público do papel. O que precisamos é evitar abusos e generalizações. Afinal, a natureza humana é diversa. Dallagnol talvez não seja igual a Janot ou a Miller…”. Ontem no Senado, Renan voltou a falar do assunto lembrou que quando Dallagnol mal havia abandonado as fraldas, o Congresso promulgou a Constituição, inserindo o Ministério Público entre as funções essenciais à Justiça, antiga reivindicação da categoria.
E continuou: “É fundamental repudiar a desinformação propagada contra o Congresso, que tem, sim, compromisso com o combate à corrupção e contribuiu com importantes instrumentos legislativos. Ao longo dos últimos anos, aprovamos o voto aberto nos processos de cassação de mandato parlamentar e significativas alterações na lei eleitoral e partidária, além de mais de 40 medidas de combate à corrupção, caracterizada como crime hediondo”.
Renan concluiu seu discurso, que não teve mais do que três minutos afirmando que ‘é importante lembrar dos malefícios da generalização cega. O ataque generalizado sobre o Congresso fecha portas, corrompe espíritos e esconde verdades sobre a sua atuação em prol da população brasileira e do combate ao crime organizado’.
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