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O caminho do empreendedorismo
Muito se fala sobre o empreendedorismo no Brasil e sobre a sua importância – principalmente em períodos de recessão econômica.
Com o objetivo de avaliar o perfil do empreendedorismo de cada país, é feito um levantamento anual, fruto de uma parceria entre Babson College e London Business School. No Brasil, a GEM (Global Entrepreneuship Monitor) é avaliada pelo Sebrae e pelo IBQP (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade). Dados recentes divulgados pelo governo federal informam que, anualmente, cerca de 600 mil empreendimentos são abertos em âmbito nacional.
A pesquisa leva em consideração a população economicamente ativa em relação à taxa de desenvolvimento de novos negócios. Com 39,4% de taxa de empreendedorismo, o Brasil registrou o seu melhor resultado nos últimos 14 anos. Além disso, a taxa praticamente dobrou de 2002 (quando era de 20,9%) para 2015. Isso significa que algo como 1/3 da população economicamente ativa tem o seu próprio negócio. Os resultados apontam ainda que, a cada 10 brasileiros com idade entre 18 a 64 anos, 3 têm um negócio ou estão trabalhando no desenvolvimento de suas empresas próprias.
Os resultados recomendam que os esforços no país se concentrem na capacitação e na educação. A inclusão de disciplinas (principalmente no ensino médio e superior) que incentivem o empreendedorismo, assim como aumento de apoio financeiro e políticas governamentais para os novos empreendedores (sobretudo de pequenos e médios negócios) estão entre as principais sugestões para estimular o empreendedorismo no Brasil.
No mundo, há hoje cerca de 100 milhões de estudantes universitários, entrando o Brasil, nesses cálculos, com menos de 4% desse total. O número é inexpressivo se considerarmos nossas potencialidades como nação emergente, líder do seu continente. Especialistas estimam que deveríamos ter o triplo do número atual de estudantes de ensino superior para nos equiparmos com nações como a Argentina e o Chile, que estão, nesse particular, em situação superior à nossa.
Há consenso que um dos maiores desafios das universidades, para os próximos anos, será o emprego de novas tecnologias da informação para a modernização do ensino. É essencial atualizar o tripé ensino/pesquisa/extensão, para criarmos cidadãos críticos e responsáveis, com direito à aprendizagem por toda a vida, como também aprimorar a qualidade do material humano que irá formar crianças e jovens, da escola básica ao ensino superior, na era da globalização e da Internet.
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