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Socioeducandos de Unidades de Internação fazem curso de barbeiro
Máquinas de corte de cabelo, navalhetes, tesouras e pentes sob a mesa são os instrumentos de aprendizagem do curso de barbeiro oferecido aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas nas Unidades de Internações Masculinas (UIM), coordenadas pela Secretaria de Estado de Prevenção à Violência.
O objetivo do curso é contribuir para a formação de uma profissão. “A gente tem que prestar atenção no corte e nos acabamentos, mas o importante mesmo é fazer o gosto do cliente”, disse o adolescente M.A.S.S, de 17 anos.
Atualmente, dez socioeducandos participam do curso de barbeiro dentro das próprias unidades. A iniciativa visa ainda ampliar os conhecimentos na área de gestão empresarial no ramo de beleza masculina.
“Os homens estão cada vez mais querendo cuidar da estética, então a profissão antiga – barbearia – está em alta no mercado de trabalho novamente”, afirmou o ministrante do curso e educador social da Superintendência de Medidas Socioeducativas, Anderson Souza.
O curso é dividido em três fases: aulas teóricas, práticas e estágio. Durante a teoria, eles aprenderam sobre gestão administrativa de negócios, estética e cortes. Já durante a prática, o adolescente M.A.S.S afirmava que era o momento de colocar a “mão na massa”.
“Os outros adolescentes daqui foram os nossos modelos e cortamos os cabelos deles. Colocamos na prática o que o professor nos ensinou e eles gostaram muito”, explicou M.A.S.S
Para melhor execução do curso, as aulas são ministradas para duplas. Na terça-feira (4), a primeira delas vai concluir o curso de barbeiro. “Essa dupla vai se formar no curso e enquanto estiver em cumprimento da medida vai estagiar dentro da própria Superintendência de Medidas Socioeducativas (Sumese). Quanto mais experiência melhor para continuar na profissão fora daqui”, relatou o educador Anderson Souza.
Para superintendente de Medidas Socioeducativas, Denise Paranhos, a atividade é um forma de desenvolvimento com foco na ressocialização do adolescente.
“Oferecemos o curso profissionalizante hoje pensando no futuro deles. Queremos que saiam daqui com uma profissão honesta, longe da criminalidade”, enfatizou Denise Paranhos.
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