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Serra da Barriga se torna Patrimônio Cultural do Mercosul

01/06/2017
Serra da Barriga se torna Patrimônio Cultural do Mercosul
Serra da Barriga é um símbolo da luta pela liberdade e resistência negra. Agência Alagoas/Arquivo

Serra da Barriga é um símbolo da luta pela liberdade e resistência negra. Agência Alagoas/Arquivo

Um dos bens mais importantes para o Estado de Alagoas acaba de ganhar mais um reconhecimento. A Serra da Barriga, patrimônio de grande simbolismo para a história do Brasil, se tornou Patrimônio Cultural do Mercosul.

A escolha foi realizada durante a XIV Reunión de la Comisión de Patrimonio Cultural do Mercosul Cultural, com candidaturas da Colômbia, Equador e Venezuela, que também apresentaram sítios de interesse para a valoração da contribuição africana no continente Sul-Americano, na proposta La Geografía del Cimarronaje: Cumbes, Quilombos y Palenques del Mercosur.

De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que preparou o dossiê de candidatura com o apoio da Fundação Cultural Palmares, Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas (Secult) e das instâncias locais alagoanas, a aprovação da Serra da Barriga como Patrimônio Cultural do Mercosul, além de contribuir para o reconhecimento dos indivíduos e suas comunidades de matrizes africanas no continente americano, e nos países da região, representa uma reparação às perseguições e à intolerância praticadas contra o povo negro e reveladas através dos quilombos.

“A Serra da Barriga é um símbolo da luta pela liberdade e resistência negra. O reconhecimento como Patrimônio Cultural do Mercosul representa um marco para Alagoas e eleva a autoestima da nossa população, despertando o sentimento de pertencimento cultural”, disse a secretária de Estado da Cultura, Mellina Freitas.

Serra da Barriga

A Serra da Barriga localizada no município de União dos Palmares, Zona da Mata do Estado de Alagoas, é bem tombado pelo Iphan desde 1986 e monumento nacional desde 1988. O é local sagrado e de representatividade para o povo negro, onde foi criado o maior foco de resistência escrava do Brasil, o Quilombo dos Palmares.