Cidades
Padre Antônio Bernardo é afastado das funções na Matriz de Palmeira dos Índios
O vigário geral da Diocese de Palmeira dos Índios, Padre Wendell Assunção, emitiu uma nota, nesta terça-feira, 09, informando que o padre Antonio Bernardo foi afastado das funções e não poderá exercer o Ministério, até que seja concluído um processo investigativo.
Várias fotos viralizaram na internet do padre e de dois jovens que, segundo informantes, estariam supostamente embriagados e semi-nus. As fotos foram encaminhadas às autoridades religiosas e seguirão para o Vaticano, em Roma, na Itália, para que o Papa Francisco decida que providência tomará pertinente ao caso.
A reportagem da TRIBUNA DO SERTÃO tentou, por duas vezes, contato com o bispo Dom Dulcênio, na sede da Diocese vizinho a Catedral Nossa Senhora do Amparo, no Centro da cidade, onde foi informada que o mesmo não atenderia a ninguém, pois estaria em reunião o dia inteiro. Na residência dos padres, ao lado da Catedral, a reportagem também não foi recebida.
Segundo a Diocese, o processo vai transcorrer em segredo de Justiça. Envolvido na acusação, o padre Antonio Bernardo era vigário da Igreja Nossa Senhora do Amparo, a Matriz da Diocese. O padre Antônio Bernardo já tem antecedentes: ele se envolveu em uma polêmica, quando ocupou as funções na Igreja São Francisco de Assis, no Povoado Barragem Leste, em Delmiro Gouveia. De lá, foi transferido para Palmeira dos Índios.
ESCÂNDALO EM ARAPIRACA – Um fato ocorrido em Arapiraca, a 38 Km de Palmeira dos Índios, foi levado a público depois de uma reportagem no SBT elaborada pelo jornalista Roberto Cabrini. Ele teve acesso a um vídeo, onde o então ex-monsenhor Luiz Marques Barbosa mantinha relações sexuais com um dos coroinhas. No momento da gravação, quem faz sexo oral com o religioso é Fabiano da Silva, cuja idade na época, em 2009, era 19 anos. Mas ele garante que sofria abusos desde os 12 anos.
Os coroinhas Cícero Flávio Barbosa e Anderson Farias Silva, que também eram abusados, confirmaram as denúncias e disseram que mais dois sacerdotes, o monsenhor Raimundo Gomes e o padre Edilson Duarte, também praticavam atos de pedofilia, desde que tinham 12 anos de idade.
Os dois monsenhores foram condenados a 21 anos de prisão e o, também à época, padre Edilson a 16 anos e quatro meses de prisão, mas respondem o processo em liberdade.
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