Todo o material recolhido será encaminhado para a sede da PF, em Maceió (Foto: Assessoria)

A Superintendência Regional da Polícia Federal em Alagoas (PF-AL), em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), desencadeou nesta terça-feira, 11, uma operação denominada de “Operação Primo Rico”. Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão no interior do Estado.

A investigação está apurando possível desvio de recursos públicos municipais e federais das áreas de saúde e educação entre 2013 e 2016, em Ibateguara, Messias e São José da Laje. Esses municípios teriam firmado parceria com empresas e entidade fictícias, com emprego de recursos próprios e verbas federais das áreas de saúde e educação.

Algumas pessoas jurídicas não foram encontradas, mas uma delas com uma pequena estrutura se mostrou incompatível com o recebimento de pagamentos consideráveis por parte de uma das prefeituras citadas. Nem mesmo funcionários estavam registrados

Os agentes federais requisitaram às prefeituras e secretarias envolvidas o fornecimento imediato de toda a documentação referente a contratos ou parcerias firmadas com as empresas que estão sob investigação.

Ainda segundo a PF, as pessoas jurídicas envolvidas teriam recebido pelo menos R$ 30 milhões das prefeituras. Os envolvidos no esquema podem responder pelos crimes de peculato (art. 312 do Código Penal), fraudes em licitações (Arts. 89 e 90 da Lei 8.666/93), e lavagem de dinheiro (art. 1º da Lei nº 9.613/98), cujas penas, somadas, podem atingir até 27 anos de prisão.

Todos os mandados estão sendo cumpridos em Ibateguara. O material arrecadado será encaminhado à sede da PF em Alagoas, para posteriormente ser analisado  com a CGU/AL.