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Exposição fotográfica na Casa da Cultura alia empoderamento afro e feminino
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A Fotografia é uma das manifestações mais fugazes hoje, após os aparelhos smartphones e as redes sociais tomarem conta dos nossos novos costumes. Mas essa Arte ainda há muito a nos oferecer, a nos fazer refletir.
É o caso da exposição “Educação Não Tem Cor”, da dupla Ana Karlla Messias e Taciane Teixeira, que está na Casa da Cultura e Biblioteca Municipal Professor Pedro de França Reis, no bairro do Centro.
Ela fica lá até o fim deste mês, ao lado de outras mostras com temáticas voltadas para a mulher arapiraquense. A entrada é gratuita e a Casa funciona em horário comercial, de segunda a sexta-feira.
Olhar cotidiano
A ideia para a exposição começou de conversas em sala de aula entre a professora e historiadora Ana Karlla Messias e os alunos de Ensino Religioso da Escola de Ensino Fundamental Djalma Matheus Santana, no bairro Primavera.
“Parece estranho que temas assim sejam abordados em aulas de Ensino Religioso, mas estudamos as estruturas das religiões e doutrinas filosóficas e, por isso, contextualizamos sempre com a nossa realidade. Essa é uma prática fundamental para se entender o que está acontecendo à nossa volta”, comenta Ana Karlla, que teve a ajuda da estagiária em História, a estudante e fotógrafa Taciane Teixeira, no projeto.
Assim, elas trabalharam em novembro do ano passado com os estudantes um tema direcionado para o Mês da Consciência Negra. O empoderamento tomou conta dos debates e logo se chegou na figura da “mulher afro”, duplamente discriminada.
“Por meio dessas discussões, muitas meninas deixaram de usar o cabelo artificialmente liso e se aceitaram ‘cacheadas’, mostrando dessa forma uma abertura para um novo discurso de si mesmas, para as suas raízes afro. Foi então que decidimos fotografá-las em preto e branco, dando um toque mais conceitual à proposta estética”, completa a professora-fotógrafa, que também apurou o seu olhar após trabalhar na comunidade quilombola Pau d’Arco. Ela também conversa sobre bullying, cultura do estupro e outros tópicos relevantes.
Para Taciane Teixeira, a rotina também nos cega de várias maneiras. “Comecei a fotografar porque sou do interior e quando fui estudar na capital Maceió, me senti invisível. Quis transpor um pouco dessa emoção na Fotografia. Foi então que vi uma mulher gari no meu caminho até a universidade e, então, dava-lhe sempre um ‘bom dia’. Ela se emocionou numa dessas vezes dizendo que ‘agora se sentia sendo vista’. Foi aí que percebi que teria que registrar em foto todas as minhas indignações”.
A exposição tem, portanto, o intuito de mostrar que é por meio da Educação que podemos apagar essa mácula da discriminação – seja por gênero, seja por cor – dos corações das futuras gerações.
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