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Violência contra a mulher é tema de abertura da programação “Semana da Mulher”, no Centro de Arapiraca
Com descontração, ao som de um trio de forró, a Secretaria de Assistência Social e Políticas para a Mulher abre as comemorações da “Semana da Mulher”, na concha acústica da praça Luís Pereira Lima, Centro de Arapiraca. O objetivo foi chamar a atenção da sociedade para a discussão de um sério tema: a violência contra a mulher.
A comemoração, iniciada nesta segunda-feira (6), segue até o dia 10 de Março, com uma programação especial e gratuita, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março. As ações são voltadas para a importante discussão sobre o combate à violência contra a mulher e o fortalecimento do papel dela na sociedade.
No local, participaram do evento a Amilka Melo, secretária de Assistência Social e Políticas para a Mulher, Valéria Montoni, superintendente de Políticas Públicas para a Mulher, Saskya Maia, diretora de Enfrentamento à violência, Maria do Carmo Nobre, psicóloga e Joana Jatobá, Assistente Social.
Amilka Melo explicou que a opção por iniciar as comemorações na praça foi a de trazer o assunto tão sério para a população geral e, ao mesmo tempo, apresentar as ações que são desenvolvidas pela pasta de Políticas Públicas para a Mulher, em Arapiraca.
“É importante que a sociedade tome conhecimento de que o município dispõe de um órgão específico para atender mulheres em situação de violência, que é o Centro de Referência de Atendimento a Mulheres em Situação de Violência (CRAMSV)”, explicou a secretária.
A dona de casa Helena Alves, 74, uma das mulheres presentes na praça, comentou que ia passando no local, quando ouviu o som do trio de forró e parou para observar. Ela conta ter ficado surpresa e feliz quando, no intervalo entre uma música e outra, o tema violência contra a mulher foi abordado.
“A psicóloga falou sobre a violência que muitas mulheres sofrem dentro de suas casas. Não somente a violência física, mas a psicológica. E tenho que concordar com ela, eu conheço muitas mulheres que são humilhadas por seus maridos, mas acabam aguentando para manter a família ou por dependerem financeiramente deles. É triste, eu espero que as novas gerações sejam mais conscientes e não aceitem viver em situações assim”, destacou Helena Alves.
Acompanhando dona Helena Alves, a sua neta Maria das Graças dos Santos, 37, concorda com a fala da avó. E complementa que, mesmo sendo de uma outra geração, ainda observa os mesmos problemas da falta de respeito e violência contra a mulher. “Eu gostaria que fosse diferente. Mas as histórias contados por minha avó parecem se repetir nos dias de hoje”, reclamou.
Joana Jatobá e Maria do Carmo Nobre, responsáveis pelo trabalho de execução do CRAMSV, contam que as mulheres que buscam o serviço do Centro apresentam perfis variados. Entretanto, destacam as com nível de escolaridade baixo e economicamente dependentes dos companheiros, como as mais vulneráveis.
Segundo a psicóloga Maria do Carmo, a procura pelo atendimento geralmente acontece quando a mulher já não aguenta mais a situação de violência e entende que precisa de ajuda.
“Nessa hora, o acolhimento é fundamental para quebrar esse ciclo e fazê-la compreender a importância de buscar meios para mudar a realidade de violência. É marcante a fragilidade da relação com companheiros e ex-companheiros, mediante as condições de vulnerabilidade social que, muitas vezes se associam à falta de educação e à cultura do machismo”, explicou a psicóloga.
O CRAMSV funciona na rua São José, 95, no Bairro Alto do Cruzeiro, no horário das 8h às 14h. E acolhe a mulheres que sofreram algum tipo de violência física, moral, psicológica, patrimonial e sexual.
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